Governo pede a moradores com casas no litoral que deixem Porto Alegre

ENCHENTE NA CAPITAL

Governo pede a moradores com casas no litoral que deixem Porto Alegre

Cidade deve ser evacuada para facilitar resgates e amenizar desabastecimento de água e alimentos

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Atualizado quarta-feira,
08 de Maio de 2024 às 06:52

Governo pede a moradores com casas no litoral que deixem Porto Alegre
Foto: Palácio Piratini
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), fez um apelo aos moradores da cidade que possuem casas no litoral, sugerindo que deixem a capital e se dirijam às praias menos afetadas pelas chuvas. A intenção é esvaziar a cidade e facilitar a circulação de veículos de resgate, especialmente em áreas mais atingidas no centro do estado. A medida também pode amenizar o desabastecimento de itens de primeira necessidade. Melo afirmou que a viagem até o litoral pode ser feita com segurança pela rodovia RS-040.

O vice-prefeito, Ricardo Gomes, pediu a colaboração de voluntários que possuam barcos, jet-skis e jeeps para auxiliar no resgate de pessoas em regiões alagadas. Segundo Gomes, ainda há muitas pessoas aguardando resgate, incluindo aquelas em andares superiores de prédios inundados.

Melo alertou para a disseminação de notícias falsas sobre o desastre na cidade e esclareceu que, apesar de a situação do dique estar estável, não é motivo para que as pessoas em áreas alagadas não busquem um local seguro.

Até o momento, Porto Alegre conta com 58 espaços de acolhimento e abriga cerca de 6 mil pessoas, incluindo moradores de cidades vizinhas que não possuem abrigo devido aos alagamentos. Estima-se que 10 mil pessoas já foram resgatadas de áreas inundadas.

A prefeitura decretou três dias sem aulas na rede pública e recomendou a suspensão das aulas na rede privada. Os serviços de ônibus estão parcialmente mantidos nas áreas não alagadas da capital. O aeroporto de Porto Alegre tem previsão de reabertura entre os dias 9 e 10 de maio.

 

Desabastecimento de água e medidas emergenciais

A cidade enfrenta problemas de abastecimento de água, com apenas duas das seis estações em funcionamento, operando com baixa vazão. Isso resultou em 70% da cidade sem água. A prefeitura relatou dificuldades no tratamento da água devido à elevada turbidez e presença de barro.

Diante desse cenário, o prefeito pediu que os moradores evitem desperdício de água. A prefeitura também solicitou caminhões-pipa de outros estados para abastecer hospitais, asilos e casas geriátricas, além de ter providenciado o abastecimento de oxigênio nos hospitais no sábado.

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