“Todo o sistema de saúde vai entrar em colapso.” A afirmativa é do presidente do Sindicato dos Hospitais Filantrópicos do Vale do Taquari, Fernando Gama, sobre o novo piso da enfermagem. Em entrevista ao programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, ele afirma que os hospitais brasileiros vivem no limite de gastos. “Se tu precisa pagar 50% a mais para os profissionais, de onde tu vai tirar este recurso? Se a situação se manter, você que mora em cidade pequena pode não ter mais hospital.”
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Gama entende que os grandes hospitais podem reorganizar as despesas, diminuindo custos de outras áreas, por exemplo. Já os pequenos não possuem esta flexibilidade de alteração em seu orçamento. De acordo com o representante dos hospitais, a aplicação do novo piso vai culminar no aumento do custo de todo o sistema de saúde. Os plano vão aumentar. Caso o cliente não tenha condições de continuar a pagar, ele vai utilizar o SUS, que deve colapsar. “Não somos contra o piso. O problema é o financiamento para pagar.”
Gama informa a região possuir 20 hospitais que empregam cerca de 3 mil profissionais — metade da enfermagem. A outra fatia são trabalhadores de fisioterapia, nutricionista, limpeza, entre outros, que não tiveram este aumento.
Na última quarta-feira, 10, entidades do setor ingressaram com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no STF para suspender a nova legislação. Com o aumento salarial, o piso dos enfermeiros passa para R$ 4,7 mil e R$ 3,3 mil no caso dos técnicos de enfermagem.
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