Conflitos internos enfraquecem a região, afirmam pré-candidatos

Eleições 2022

Conflitos internos enfraquecem a região, afirmam pré-candidatos

“Pensar Eleições” reúne quatro políticos de diferentes ideologias partidárias. Apesar das visões distintas, necessidade de mais representação do Vale nos parlamentos é consenso entre debatedores

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Conflitos internos enfraquecem a região, afirmam pré-candidatos
Debate ocorreu ontem, no estúdio da Rádio A Hora (Foto: Bianca Mallmann)
Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Para além das obrigações constitucionais, de fiscalizar a atuação do Executivo, elaborar e votar leis, os parlamentares têm o dever de ser um elo entre a comunidade regional e o centro do poder.

A atuação dos deputados estaduais foi o cerne do debate “Pensar Eleições 2022 – Desperta Vale do Taquari”. Transmitido ao vivo pela Rádio A Hora ontem das 15h às 17h, o programa teve a presença de quatro pré-candidatos a deputado estadual.

Gláucia Schumacher (Progressistas), Maneco Hassen de Jesus (PT), José Scorsatto (PDT) e Tiago Pedroso (PSC) abordaram temáticas como o turismo, inovação, desenvolvimento econômico, saúde e integração regional.

Por mais que sejam de linhas ideológicas distintas, as abordagens dos pré-candidatos tiveram mais consensos do que contrastes, em especial sobre a importância do Vale do Taquari ter uma representação efetiva na Assembleia Legislativa.

O debate do “Pensar Eleições” teve quatro blocos. A dinâmica começou com apresentação dos participantes; pergunta geral aos quatro; questões diretas entre os pré-candidatos; nova etapa de perguntas geral e, no encerramento, considerações finais de cada debatedor.

O projeto “Pensar Eleições 2022 – Desperta Vale do Taquari” é uma realização do Grupo A Hora, em parceria com a Univates. Na continuidade da programação, a Rádio A Hora 102.9 promove debate com os pré-candidatos a Assembleia Legislativa, João Braun (Progressistas), José Alves (Podemos) e Rodrigo Conte (PSB). A transmissão começa às 15h.

Distante do centro das decisões

A defesa para instituição de políticas voltadas para atender agricultores atingidos por adversidades climáticas; a posição firma de contrariedade ao modelo de pedágios apresentado pelo Piratini e até mesmo mais agilidade nos trâmites burocráticos para a certificação de leitos hospitalares.

Essas três afirmações são exemplos de como houve falha na representação regional perante os governos. “Precisamos de um deputado que conheça a realidade da nossa região. Que esteja perto da comunidade e das instituições. Que organize, articule e interceda na busca de soluções”, afirmou o petista Maneco Hassen de Jesus.

No caso dos pedágios, Maneco realçou: “houve uma proposta que veio de cima para baixo, sem diálogo e agora estamos com dificuldade em conseguir mudar o que foi previsto. Isso mostra que nos faltou voz. Temos de ter uma representação política para termos mais voz e vez.”

Na mesma linha, a progressista Gláucia Schumacher enfatizou que houve episódios de conflitos entre os municípios. “Vemos o Vale com duelos de uma cidade com a outra. Se queremos uma região forte, precisamos ter consenso. Por isso, ter algum deputado local representa alguém com possibilidade de ajudar a encontrar o consenso.”

A pré-candidata complementa: “cada município é forte no seu núcleo. Mas o Vale não é forte, pois não luta em conjunto. Temos de quebrar esse paradigma e a representatividade é um ponto fundamental.”

Volta do protagonismo

O pedetista José Scorsatto também destacou a função de um deputado local como articulador das demandas regionais. “Tivemos o baque da RGE. Produtores cinco, seis dias sem luz. Como resultado, muito prejuízos para o setor primário. O representante da região tem de ser a voz dessas comunidades nos governos. Temos prefeitos, vereadores e representantes de instituições muito presentes, mas é preciso alguém no parlamento para que o Vale do Taquari tenha o aquilo que é de direito.”

Na avaliação dele, no passado houve períodos em que a região tinha mais protagonismo no centro do poder. “Precisamos ter pessoas daqui na assembleia para marcarmos território.”

Do Partido Social Cristão (PSC), Tiago Pedroso, frisou a necessidade de maior consciência também por parte dos eleitores. “Muitos não lembram em quem votou na eleição passada. Então precisamos conversar e construir juntos, enquanto sociedade regional e como partidos, para que haja mais entendimento sobre a importância de termos representantes locais nos parlamentos.”

Para ele, assim como a função de um vereador, de conhecer a cidade, os bairros e as carências da comunidade, a função de um deputado local também parte do pressuposto de conhecer e defender as demandas daquela localidade. “Enquanto o vereador vai representar a cidade, o deputado vai atuar para toda a região.”


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