O acidente de trânsito que vitimou André Luis Casaril, 39, natural de Estrela, na noite de terça-feira, reacendeu o debate em torno da construção de uma elevada na ERS-130. Líderes locais defendem que a estrutura seja instalada entre os quilômetros 70 e 75.
O local é importante ligação entre os bairros São José, Medianeira e Barra da Forqueta onde estão as empresas Neugebauer, Minuano, ValeLog e Bremil. A colisão frontal que envolveu um veículo de passeio e um caminhão Mercedes Benz foi o quinto acidente registrado no trecho neste ano, de janeiro a agosto. Dois deles com danos materiais, outros dois com lesões corporais e o último com morte.
Em março, uma comitiva do governo municipal levou ao Estado o pedido para a construção de uma elevada no trecho. O local escolhido foi o km 74 entre os bairros São José e Medianeira, porém a proposta não avançou e a obra não foi incluída no plano de concessão.
“Conseguimos com muita articulação, a construção de um viaduto no trevo, isso já facilita o retorno de caminhões pesados. Além disso, conseguimos a antecipação de algumas obras, já no segundo ano de concessão”, afirma o secretário de Administração, Aurio Paulo Scherer.
Estudos de viabilidade, com cálculos de impactos e levantamento no fluxo de veículos são realizados desde 2013 em Arroio do Meio. O trecho da área industrial é considerado o maior gargalo. Levantamento da Associação Comercial e Industrial (Acisam) indica que em horários de pico são mais de 200 caminhões pesados que passam no local.
Desde 2013, a reivindicação da entidade é para as adequações em acessos na Barra da Forqueta e a construção de uma elevada. Na avaliação do empresário e conselheiro da Acisam, Oreno Ardêmio Heineck, existem muitas deficiências no trecho urbano que não foram corrigidas pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR).
O plano de concessão
A ERS-130 integra o bloco 2 do Plano de Concessões onde além disso serão contempladas a 128, 129 e 453. Para Arroio do Meio, além da duplicação de toda rodovia a partir do 4º ano de contrato, também há melhorias previstas com instalações de vias marginais, adequações em acessos e uma rótula alongada no trevo principal.
No município o investimento com o dinheiro dos pedágios chegaria em R$ 181 milhões. Destes, cerca de R$ 49 milhões seriam destinados para construção de uma nova pista, viaduto na entrada da cidade, a construção de duas passarelas e quatro pontes sobre os arroios e Rio Forqueta.
Porém, para a Acisam, existem pelo menos quatro deficiências no projeto do Estado. A entidade defende que as adequações entre Arroio do meio e Lajeado iniciem a partir do segundo ano e que o plano preveja além de uma nova pista, uma via paralela e uma ciclofaixa, além de uma elevada sobre a rodovia na Barra da Forqueta para caminhões pesados.
Fiscalização
Cautela, paciência e respeito à sinalização. Essas são as recomendações do comando rodoviário da Brigada Militar. De acordo com o tenente Marcio Fontoura da Silva responsável pelos pelotões da 2ª Companhia houve uma elevação de acidentes na ERS-130. “É um trecho que cruza várias áreas urbanas, centro e bairros e nestes locais temo um intenso número de cruzamentos e acessos”.
Para evitar acidentes, o comando rodoviário adota diferentes formas de fiscalização no trecho, com radares de velocidade ou a utilizado de aplicativos e ferramentas digitais para acompanhar em tempo real o trânsito nas rodovias. Segundo Fontoura, as maiores causas dos acidentes estão ligadas a excesso de velocidade e imprudência. “Para isso temos que integrar forças e intensificar a fiscalização em pontos mais estratégicos”, destaca.
