Número de pessoas no voluntariado triplicou em dez anos

SOLIDARIEDADE

Número de pessoas no voluntariado triplicou em dez anos

Número de horas por mês dedicadas às atividades por voluntário também cresceu 200%

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Atualizado segunda-feira,
09 de Maio de 2022 às 20:50

Número de pessoas no voluntariado triplicou em dez anos
Viva o Taquari-Antas Vivo é uma das ações de voluntariado mais tradicionais na região (Foto: Marcelo Grisa)
Brasil
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O perfil do voluntariado brasileiro mudou. De acordo com o Instituto Datafolha, o número de voluntários ativos no país, bem como a quantidade de horas dedicada por cada um, cresceu em mais de três vezes entre 2011 e 2021.

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O voluntário é todo aquele que doa tempo para uma causa. Segundo a pesquisa, em parceria com o Instituto para o Desenvolvimento Social (Idis), cresceu a participação de pessoas com 50 anos ou mais nesses movimentos. Enquanto isso, a ação dos jovens diminuiu.

Entre o público-alvo dos projetos, as famílias e as pessoas em situação de rua ganharam destaque, um reflexo da crise econômica e da pandemia de Covid-19.

Os números

O estudo mostra que o número de voluntários ativos no país saltou de 11%, em 2011, para 34%, uma alta de mais de 200%. Adicionando as pessoas que já fizeram voluntariado alguma vez, os índices sobem para 25% e 56%, respectivamente.

Já a média de horas dedicadas ao trabalho mais que triplicou, passando de 5h para 18h por mês, em uma década.

Nesse período, o público entre 16 e 29 anos caiu de 33% para 23%. O grupo de 50 anos ou mais passou de 26% para 37%. O grupo de 30 a 49 anos permaneceu estável, com redução de apenas um ponto percentual – de 41% para 40%.

A pesquisa ainda identificou que 76% dos voluntários estão na população economicamente ativa, sendo que:

  • 39% recebem até dois salários mínimos;
  • 20%, de dois a três salários mínimos;
  • 21%, de três a cinco salários mínimos;
  • 11%, de cinco a dez salários mínimos;
  • 6%, mais de dez salários mínimos; e
  • 4% não responderam ou não sabem.

O principal grupo beneficiado pelo voluntariado segue o público em geral, mas houve uma queda de 41% para 36% em dez anos, assim como os trabalhos com crianças e adolescentes (de 39% para 25%). Enquanto isso, os projetos com famílias e comunidades saltaram de 12% para 35%. O de pessoas em situação de rua, de 5% para 25%.

Entre as principais atividades realizadas, a captação e a distribuição de recursos, como alimentos e remédios, continuam na liderança, mas com uma redução de 55% para 41%, entre 2011 e 2021. Já o preparo de refeições, segundo colocado, dobrou sua participação, subindo de 8% para 16%.

O levantamento apontou que, diante da crise causada pelo coronavírus, 47% dos voluntários passaram a fazer mais atividades, sendo que 61% atuaram na distribuição de alimentos, roupas, medicamentos e cestas básicas, por exemplo.

A pesquisa também apurou as causas que levam as pessoas a serem voluntárias. A solidariedade lidera o ranking e passou de 67% para 74% em uma década. Já as motivações religiosas caíram pela metade, indo de 22% para 11%. As demais causas, como fazer a diferença, retribuir algo que recebeu, dever de cidadania e melhorar a autoestima, tiveram redução.


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