A enchente causou sérios impactos no setor logístico do Rio Grande do Sul. Em função disso, o tema é tratado como prioritário por autoridades regionais e do estado. As consequências dos bloqueios e necessidade de deslocamentos mais longos já impactam nas empresas do Vale do Taquari, conforme o presidente da Vale Log, Adelar Steffler, em entrevista ao Conexão Regional da Rádio A Hora.
De acordo com o presidente, 92% do transporte do estado é feito por rodovias. “Hoje não se consegue transportar no estado por água, terra e ar. A questão da logística é um problema sério pela infraestrutura e agora complicou ainda. O Vale do Taquari é 100% dependente do transporte rodoviário, não temos hidrovia ou ferrovia.
Os impactos financeiros são claramente nítido”, especifica.
De acordo com Adelar, que também preside a Associação Comercial e Industrial de Arroio do Meio (Acisam), em Encantado e Arroio do Meio são produzidos 3,8 toneladas de ração por dia e há demanda por matéria-prima porém com dificuldade de ser entregue no Vale. “Se consegue passar com veículos pequenos, mas não com carga de grande porte. As estradadas não tem estrutura. Imagina uma ERS-130 que circula de 27 mil a 29 mil veículos por dia”, analisa.
No RS, além das rodovias, o aeroporto Salgado Filho segue fechado devido a inundação.
Acessos municipais e ERS-332
Líderes regionais e empresários do setor de transportes definem estratégias para recuperar a conexão entre cidades da região. O objetivo é disponibilizar pontes de ferro de até 15m para permitir a circulação de caminhões.
Conforme Adelar, a enchente e o bloqueio de diversas ligações rodoviárias com outras regiões comprovou a importância da ERS-332, que liga Encantado com Soledade e outros municípios. “Precisa. Não podemos depender de uma rodovia só. A ERS-332 é de extrema importância. Solicitamos que ela seja incluída no plano de concessões. Se ela tivesse em boas condições não teríamos problemas de operação logística”.
Assista a entrevista completa:
