“Aprendi a ser mais independente e segura”

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“Aprendi a ser mais independente e segura”

Natural de Travesseiro, Sinara Sauthier, 25, reside em Feldkirch, na Áustria, desde outubro de 2019, onde trabalha como Au Pair

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“Aprendi a ser mais independente e segura”
Jovem realizou o programa de Au Pair na Áustria (Foto: Arquivo Pessoal)
Vale do Taquari

• Você sempre quis ser Au Pair?
Eu não tinha necessariamente a vontade de ser Au Pair, mas sempre tive vontade de sair do Brasil para conhecer outro país e o programa de Au Pair é uma ótima opção para essa experiência.

• O que te fez ir para a Alemanha e desde quando você está aí?
Eu cheguei até aqui através de uma amiga que era Au Pair antes de mim nesta família. No ano de 2019 em junho eu vim para passear, conheci a família e gostei da ideia de vir passar um ano aqui. Então em outubro de 2019 eu vim definitivamente.

• Qual o lugar que mais gostou?
Infelizmente devido à pandemia não pude viajar o quanto gostaria este ano, mas no fim do ano passado fui para a Itália e conheci Veneza. Foi um lugar que gostei muito de conhecer por ser tão diferente de outras cidades e era um sonho de infância.

• O que tem de mais fascinante em viajar?
Viajar é fascinante pois você pode conhecer muitas pessoas e culturas diferentes. Acredito que podemos aprender muito com isso.

• Quais as principais diferenças em relação ao Brasil?
Em relação ao Brasil são inúmeras coisas diferentes aqui, mas o que mais me chama atenção é a organização em um modo geral, principalmente dos transportes públicos. Esse é um diferencial enorme em relação ao Brasil. Aqui muitas pessoas mesmo tendo seu próprio veículo usam o transporte por ser prático, e dependendo do caso às vezes mais barato. Existem aplicativos onde você pode ver os horários de partida e chegada, tanto para ônibus como para trens. Outra coisa que acho super interessante é que as crianças desde os 5 anos são incentivadas a irem sozinhas à escola para se tornarem independentes desde cedo. Por isso é comum ver crianças sozinhas no ônibus e no trem. Quando eles são muito pequenos usam coletes refletivos enquanto estão sozinhos na rua para serem vistos de longe. Outro diferencial na educação é o aprendizado de línguas estrangeiras, crianças com 12 anos já falam no mínimo três línguas.

• O que mudou na sua vida após essa experiência?
Com certeza neste ano aprendi muitas coisas, dentre elas a lidar com a saudade da família e amigos, aprendi a ser mais independente e segura de mim. Passamos por situações que nunca imaginamos e somos obrigados a aprender lidar com isso rapidamente.

• O europeu tem algum tipo de preconceito com o brasileiro?
Eu nunca sofri algum tipo de preconceito aqui por ser estrangeira, pelo contrário, sempre que precisei muitas pessoas me ajudaram. Mesmo quando se tem dificuldade com o idioma tentam ajudar nem que seja falando em espanhol. Mas infelizmente já soube de pessoas que sofreram preconceito por serem estrangeiros. Principalmente pela cor, modo de se vestir, se portar.

Mas no geral a Áustria é um ótimo país para se viver. Quem puder conhecer, vale a pena, as paisagens parecem verdadeiras obras de arte.

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