O que o Vale precisa fazer para sair da bandeira vermelha

DIstanciamento social

O que o Vale precisa fazer para sair da bandeira vermelha

Secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann respondeu essa questão no programa A Hora Bom Dia de hoje

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Atualizado quinta-feira,
14 de Maio de 2020 às 10:13

O que o Vale precisa fazer para sair da bandeira vermelha
Créditos: Divulgação
Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

“A região de Lajeado entrou na bandeira vermelha por um fio”, afirmou Arita Bergmann. Em entrevista para o programa A Hora Bom Dia na manhã de hoje, a secretária estadual de saúde falou sobre as medidas para o Vale do Taquari sair da bandeira vermelha e admitiu possibilidade de alteração nos critérios após documento encaminhado pela administração municipal de Lajeado.

Arita esclareceu que 11 indicadores são analisados para definir a gravidade da covid-19 nas 20 regiões do estado definidas pelo modelo de distanciamento controlado. Sete deles focam na velocidade e progressão do vírus e quatro se referem à capacidade instalada e ocupação dos leitos na região.

Para sair da bandeira vermelha, a secretária estadual reforça a necessidade da região apresentar diminuição nos casos positivos e óbitos se comparado com a semana anterior.

Também pediu a colaboração de todos para a contenção da pandemia em âmbito regional. “Não é só o governo que precisa fazer o trabalho. As empresas e o comércio precisam fazer também e a própria população”, defende.

Arita reforçou que uma nova avaliação será divulgada neste sábado, 16, com mudanças nas bandeiras para “melhor ou para pior”, dependendo da região do estado.

Questionamento do vale

Um documento de duas páginas foi encaminhado pela administração municipal de Lajeado questionando critérios para avaliação da bandeira. Principal questionamento é o fato da região ter testado mais pacientes, e por isso, possuir números de infectados maior que outras cidades gaúchas.

O coro foi reforçado por outros prefeitos do Vale do Taquari. “Estamos pagando pela transparência. Ficamos com o questionamento se valeu a pena gastar dinheiro para testar e fazer uma melhor gestão da doença”, criticou o prefeito de Estrela, Rafael Mallmann, durante o programa Frente e Verso na quarta-feira.

O comitê de combate à covid-19 analisa o documento e Arita ressalta a possibilidade de mudanças no formato de avaliação. “Todo o trabalho tem uma base científica e técnica. Temos um comitê de dados e um comitê da área das universidade. Estamos recebendo contribuições e vamos analisar”, afirmou.

Arita reforçou que apenas os testes RT-PCR habilitados no Ministério da Saúde são computados para a análise das bandeiras. Conforme ela, os testes para a pesquisa só devem valer no caso dos pacientes internados com suspeita do coronavírus.

10 leitos em Passo Fundo

Arita também respondeu por que Passo Fundo recebeu 10 leitos de UTI, enquanto a região de Lajeado é classificada com a bandeira vermelha. Conforme ela, essa decisão foi tomada ainda em fevereiro após consulta do Estado a hospitais que tinham capacidade instalada para mais leitos.

Arita também argumentou que a casa de saúde de Passo Fundo tem contrato de prestação de serviços com o Estado, diferente do Hospital Bruno Born (HBB), de Lajeado, que é contratada pelo município.

Ouça a entrevista completa no link:

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