Movimento intenso provoca interdição de pontos turísticos

Turismo

Movimento intenso provoca interdição de pontos turísticos

Bloqueio de vias, fiscalização constante e orientações são estratégias para coibir a aglomeração de visitantes

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Movimento intenso provoca interdição de pontos turísticos
V13 é uma das atrações com movimento constante, mesmo na pandemia. Créditos: Arquivo
Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

A circulação de veículos e pessoas no Viaduto 13 (V-13) assustou uma moradora local no domingo, 3. Acostumada a visitar o ponto turístico de Vespasiano Corrêa antes da pandemia, classificou o movimento como um dos maiores que já viu.

“Eram placas de todo estado. Fui embora apavorada”, resume a moradora da região que preferiu não se identificar. Mais que a quantidade de pessoas, o que preocupou foi o descuido com as orientações relacionadas à covid-19. “Poucas pessoas estavam de máscaras. Havia até churrasco no local”, lamenta.

Por ser o maior viaduto da América Latina, o local ganha repercussão até nacional, percebe o prefeito Marcelo Portaluppi. Para ele, os decretos municipais orientam para a importância do uso de máscaras e distanciamento social. “É normal ter um fluxo razoável como é um lugar aberto. Com todas as orientações que tem, só não se cuida quem não quer”, opina.

Em entrevista para a Rádio A Hora 102.9, citou a impossibilidade de bloquear a via até o viaduto em função de propriedades particulares localizadas próximas. São cerca de 20 famílias que ficariam sem acesso.

Uma das principais vias utilizadas para chegar até a estrutura construída pelo Exército Militar é pela Santa Tereza, em Muçum. Prefeito da cidade, Lorival Seixas, também destaca a dificuldade em controlar esse fluxo de veículos que se desloca para o V-13. “Não seria possível fechar a via pois é uma área com muita produção agrícola e número de famílias”, reforça.

Nos demais pontos turísticos, como a antiga estação férrea e a ponte rodoferroviária Brochado da Rocha, a presença de visitantes é menor.

Casa do Morro

Duas ações de fiscalização já foram feitas na Casa do Morro em função da aglomeração de pessoas. Na última delas, no dia 1° de maio, cerca de 30 pessoas foram dispersadas da residência histórica em Cruzeiro do Sul.
Em março, os portões da casa foram trancados. Entretanto, os cadeados chegaram a ser arrombados.

Trancamos de novo e atualmente o local está interditado”, conta o membro da comissão covid-19, Luís Bohn.
No município, os campings e lagoas foram interditados. O parque poliesportivo também foi fechado em março por tempo indeterminado.

Fechamento em outros locais

Morro Gaúcho

Acesso até o ponto turístico de Arroio do Meio foi interditado no dia 20 de abril com uma carga de terras. Ação ocorreu após um fim de semana com circulação intensa de veículos no ponto conhecido como a antiga pedreira.

Lagoa da Harmonia

De propriedade particular, as atividades na lagoa foram suspensas pelos administradores no dia 24 de março. Placas foram instaladas em frente ao parque proibindo a circulação de pessoas e avisos são postados nas redes sociais informando o fechamento por tempo indeterminado.

Morro do Paraglider

Na semana passada, o acesso até o topo do morro estava fechado. Decreto de outubro do ano passado tornou o ponto turístico local de utilidade pública.

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