A decisão sobre a forma de planejamento para a sede própria da câmara será divulgada na próxima semana. A afirmação é do presidente da casa, Waldir Blau (PMDB). Na sessão de ontem, a maioria dos vereadores não concordou em votar a forma como o processo será conduzido – compra ou construção de prédio – e, diante da negativa, o chefe do Legislativo protelou a escolha.
Blau demonstra insatisfação com a decisão dos colegas. “Eu coloquei em votação, mas não houve consenso para tal. Não quiseram votar. Agora eu vou avaliar que medida tomar. Como não há consenso, vou anunciar a decisão na próxima semana”, reforça.
O presidente volta a afirmar que mais propostas foram enviadas para análise do Legislativo. Também se queixa da falta de definição. “São mais de oito anos de debate sobre a sede própria. E desde que estamos aqui o Legislativo já gastou algo em torno de R$ 2 milhões em aluguel. Se não definirmos, após dez anos, ainda estaremos gastando e debatendo”, pontua.
A intenção dele era decidir, ainda ontem, qual forma de negociação seria levada adiante pelos vereadores. A primeira sugestão é construir, com recursos do Legislativo, um prédio próprio, possivelmente no terreno da antiga Praça Mário Lampert. A segunda sugestão previa a compra de edificações prontas, como o antigo prédio da Acvat (R$ 6,5 mi) ou o Alvorada Center (R$ 6,9 mi).
Representantes de diversas entidades civis acompanharam a sessão. Entre eles, o secretário do Observatório Social de Lajeado (OSL), Adriano Strassburger, e também empresários com envolvimento constante em obras comunitárias, como Léo Katz. O OSL, inclusive, deve se manifestar no sentido de pedir mais tempo para a conclusão do plano.
Proposta de permuta
Antes da sessão de ontem, o empresário Roberto Lucchese, da Construtora Lyall, oficializou no plenário a proposta de custear toda a construção da sede própria do Legislativo, em troca de terrenos públicos de propriedade do governo de Lajeado. O negócio envolveria cifras próximas de R$ 5,5 milhões, e o espaço de 2,2 mil metros quadrados seria construído no primeiro andar de um prédio comercial que será erguido na av. Piraí, no bairro São Cristóvão.
Conforme o projeto apresentado pelo empresário, o espaço destinado ao Legislativo teria hall e circulações; memorial; sala de ouvidoria; longe; sala de comunicação; auditório para 200 lugares; sala de apoio para auditório; 20 gabinetes; terraço; 21 vagas de estacionamento; gabinete do presidente; e duas salas de reunião.
Rodrigo Martini: rodrigomartini@jornalahora.inf.br
