Impasse pode postergar nova sede do legislativo

Lajeado

Impasse pode postergar nova sede do legislativo

Vereadores voltam atrás e sugerem prédio menor

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Impasse pode postergar nova sede do legislativo
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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

A construção de uma nova sede da câmara de vereadores se arrasta por mais de dez anos e pode encontrar novas barreiras. A iniciativa foi retomada no início do ano pelo presidente da casa, Waldir Blau (PMDB), e apresentada aos demais legisladores.

Na época, 14 dos 15 vereadores foram favoráveis a retomar o projeto elaborado em 2005 pelo Seavat. Apenas o petista Sérgio Rambo foi contrário. Em reunião ontem à tarde, os vereadores voltaram atrás, sugerindo a elaboração de um novo projeto, com prédio de tamanho menor. A preocupação é com futuras dificuldades financeiras para viabilizar a manutenção do espaço.

O apontamento foi feito por Ederson Spohr (PMDB), Mariela Portz (PSDB), Ildo Salvi (Rede) e Nilson Do Arte (PT). Neca Dalmoro (PDT) considera necessário dar andamento à iniciativa para ter sede própria. “Não conseguimos atender mais de duas pessoas e, para isso acontecer, nossos assessores precisam sair do gabinete.”

Spohr pediu mais detalhes sobre o projeto. Na avaliação dele, o local deve ter, no máximo, 2 mil metros quadrados e poderia ser construído em outro local. Além disso, sugeriu fazer permuta de imóveis do município com construtoras para fazer a obra.

Salvi disse não concordar com o projeto e protocolou requerimento sugerindo uma remodelação. Sérgio Rambo defendeu adquirir o prédio da Acvat. O local foi oferecido ao Legislativo no valor de R$ 6,5 milhões e requer uma série de investimentos para as adaptações necessárias.

Mesmo com a contrariedade, Blau disse que dará andamento à iniciativa. Segundo ele, a planta foi colocada na mesa e apresentada aos vereadores e todos tiveram acesso ao projeto.  “Vou tocar o projeto porque, se não fizer isso, minhas contas não serão aprovadas”, disse e encerrou a reunião.

O projeto prevê a construção de um prédio de quatro andares e 5 mil metros quadrados localizado na antiga Praça Mário Lampert. O local comporta 21 vereadores, oferece espaço para exposições artísticas, reuniões e estacionamento. Alguns espaços podem ser alugados para eventos. A arrecadação seria usada para custear a manutenção do prédio.

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Projetos complementares

Na manhã de ontem, foram abertos os envelopes das propostas das empresas interessadas em executar os projetos complementares da obra. A estimativa era de investir R$ 200 mil nessa etapa. Uma empresa propôs fazer o trabalho por R$ 104 mil. Foi solicitada documentação para comprovar a capacidade técnica da mesma.

Da proposta original, apenas o projeto arquitetônico foi utilizado. Segundo o arquiteto que assinou o projeto, João Alberto Muniz Fluck, com as mudanças tecnológicas, todos os projetos complementares, entre eles, de refrigeração, iluminação, acústico, elétrico e hidráulico precisaram ser refeitos.

Segundo o coordenador de Projetos Especiais do município, Izidoro Fornari, responsável pela elaboração do edital, houve a preocupação em construir uma proposta que permitisse que a mesma empresa fizesse todos os  projetos. Uma estratégia para permitir compatibilidade entre os projetos.

Um orçamento prévio estimava uma despesa de R$ 260 mil com o processo. O município conseguiu reduzir a previsão para R$ 200 mil. “Com o edital, conseguimos chegar a cerca de R$ 104 mil, um valor bem menor”, comentou Fornari.

Nova sede

De acordo com Blau, a intenção é iniciar projeto  estrutural em novembro. A obra será executada em etapas. Primeiro, com a construção da base, depois o estacionamento e dos gabinetes. Dessa forma, com a conclusão dos espaços essenciais, as atividades poderiam ser transferidas e encerradas despesas de R$ 22 mil ao mês com aluguel.

“Isso não é vaidade pessoal, precisamos pensar em oferecer estrutura adequada para o trabalho da casa.”

Cássia Paula Colla: cassia@jornalahora.inf.br

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