Saída do PMDB alerta siglas da coligação

Política

Saída do PMDB alerta siglas da coligação

Maioria dos partidos aliados ao governo garante manutenção do apoio a Schmidt

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Saída do PMDB alerta siglas da coligação

O diretório municipal do PT ainda não foi comunicado oficialmente sobre o rompimento do PMDB com a coligação vencedora do pleito municipal de 2012. Mesmo assim, a presidência do Partido dos Trabalhadores já busca angariar novas siglas para compor o grupo de governo que concorrerá à reeleição no próximo ano.

Líderes amenizam o impacto causado pela decisão dos peemedebistas. “Em primeiro lugar, respeitamos muito a decisão. Mas é importante deixar claro que tal mudança não significa o encerramento dos projetos iniciados pelo governo. As obras e investimentos prosseguem”, tranquiliza o secretário de Governo, Auri Heisser.

Ele não quis comentar sobre os prazos para exoneração dos agentes públicos e demais servidores ligados ao PMDB, e que hoje ocupam cargos comissionados dentro da prefeitura. Segundo Heisser, tais decisões ainda carecem de um posicionamento oficial por parte do presidente peemedebista, Celso Cervi. “Não trataremos de alteração no quadro com pressa. Vamos aguardar o comunicado.”

Presidente municipal do PT, responsável pelos 703 filiados, Ricardo Ewald, endossa a posição do secretário. “Não é tão simples exonerar. São pessoas escolhidas pela capacidade técnica. São importantes. Demitir por demitir é irresponsabilidade, pode trancar projetos. Vamos analisar os casos.” Hoje, o PMDB tem 34 CCs lotados no governo, além de servidores terceirizados.

Sobre o futuro da coligação, Ewald também cita o respeito à decisão do PMDB, mas procura falar sobre os partidos que seguem no grupo de apoio ao prefeito Luís Fernando Schmidt. Hoje, o PT mantém coligados PSB, PSC, PTB, PDT, PSD, PPS, PPL e PROS. Há também apoio de parte do REDE Sustentabilidade. “Precisamos enaltecer os partidos que ficam. E as portas estão abertas para todas as siglas.”

Ewald prefere não comentar sobre as razões que levaram o PMDB a romper com o governo. Para ele, todos os compromissos firmados pelo PT foram cumpridos. “A relação era boa, como podemos ver na interação entre prefeito e vice nestes três anos. Não saberia precisar o que os levou a romper.”

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Secretários  do PMDB saem

Os três secretários peemedebistas deixam os cargos ainda neste mês. Ricardo Giovanella, da Agricultura (Seaab); Fernanda Cervi, da Administração; e Adi Cerutti, de Obras e Serviços Urbanos (Sosur); apresentam posições diferentes em relação ao rompimento.

Cerutti votou contra. Segundo ele, muitos projetos podem ficar inacabados com sua saída. “Mesmo com poucos recursos, tinha coisas boas a fazer. Agora volto para a câmara, onde só poderei pedir pelas melhorias. Na secretaria, eu teria a possibilidade de seguir fazendo.”

Já Giovanella votou a favor do fim da coligação com o PT. Sobre a efetiva saída, prefere manter cautela. “Não sei quando vou sair. Estou esperando retorno do governo sobre essa transição”, comenta. Fernanda Cervi também confirma a saída do cargo. “Já me reuni com o Auri, para que nos apresente os nomes dos substitutos, e assim iniciaremos as transições.”

Outros coligados

Presidente municipal do PPL, o secretário de Esporte e Lazer (Sejel), Paulo Tóri, mantém apoio ao governo de Luís Fernando Schmidt. “A princípio está tudo tranquilo. Estamos juntos com o projeto da coligação. O que foi combinado vem sendo cumprido. Temos uma parceria boa com o prefeito”, sustenta. Já o PDT, com três secretarias, não confirma permanência.

Com cerca de 200 filiados, o PSB também segue cauteloso. O presidente da sigla em Lajeado, e secretário da Fazenda (Sefa), José Bullé, enaltece a boa relação com o governo municipal, mas prefere não firmar apoio para 2016. “O PSB não descarta lançar candidato a prefeito. E o meu nome é a indicação do diretório estadual para esse cargo”, informa.

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