“Um cenário de guerra”. É assim que o prefeito de Cruzeiro do Sul, João Dullius, descreve a atual situação do município, após as cheias. Em meio a incertezas e muita destruição, os moradores da cidade tentam reerguer a cidade, que foi afetada na infraestrutura básica, com interrupção do fornecimento de energia elétrica e água potável.
” O que mais nos impacta são as mortes. A enchente é uma coisa fora da curva, mas a gente vai se recuperando gradativamente. Agora a morte não tem mais volta, então é o pior cenário”, afirmou o prefeito.
Considerada como uma das maiores tragédias do Rio Grande do Sul, a enchente destruiu bairros inteiros. Casas e galpões foram arrastados. Não existe mais asfalto, nem mesmo áreas verdes. “Vamos ter que ter forças para nos reerguer”.
Busca por sobreviventes continua
As equipes de resgate trabalham incansavelmente na busca por pessoas desaparecidas e para resgatar os sobreviventes. Segundo Dullius, as aeronaves do governo do estado têm sido cruciais no salvamento de pessoas, mas ainda há muita incerteza sobre o número total de vítimas. Até o momento, cinco mortes foram confirmadas. No entanto, a polícia civil trabalha com um número ainda maior.
As pessoas resgatadas são levadas para Lajeado, onde é feita uma triagem para direcioná-las a abrigos ou hospitais, conforme necessidade. Já os corpos das vítimas são encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) para reconhecimento e autópsia.
Apelo por doações e voluntários
O prefeito fez um apelo por ajuda para toda a região, enfatizando a necessidade de alimentos, água, colchões, roupas e outros itens essenciais para a vida diária. Os pontos de coleta de doações foram estabelecidos na comunidade católica e na Sociedade São Rafael.
Voluntários são bem-vindos e podem se dirigir ao pavilhão da comunidade ou à prefeitura para ajudar a organizar e distribuir as doações.
