De olho em aumento nas vendas, comércio busca temporários

ÉPOCA DE OPORTUNIDADES

De olho em aumento nas vendas, comércio busca temporários

Projeção da CDL Lajeado neste Natal aponta para 15% de crescimento nas vendas na comparação com 2021. Com mais movimento, lojistas abrem vagas de trabalho. Vendedores são os mais procurados

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De olho em aumento nas vendas, comércio busca temporários
Em média 40% dos temporários são efetivados, diz CDL Lajeado. Crédito: Filipe Faleiro
Vale do Taquari

O período de fim de ano representa mais movimento nas lojas. O Dia das Crianças e o Natal são datas importantes e para conseguir suprir a demanda dos clientes, abrem-se oportunidades de trabalho.

Pela estimativa da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Lajeado (CDL), este ano deve, as vendas devem crescer pelo menos 15% em relação ao mesmo período de 2021. “Este é o momento do comércio. Para quem busca uma vaga no mercado, as contratações temporárias são uma opção. Sabemos que em média 40% desses trabalhadores são efetivados”, diz o presidente, Aquiles Mallmann.

Uma caminhada pela rua Júlio de Castilhos comprova a procura das empresas. Diversos estabelecimentos estampam cartazes com as vagas em aberto. Gerente de uma loja de roupas, Andreia Soares da Costa, conta que está com cinco vagas em aberto. Para estoquista, operador de caixa e três para vendas. “Está bem difícil conseguir para qualquer área. Não sabemos o motivo. Recebemos currículos, marcamos entrevistas e as pessoas não aparecem.”

Com quatro vendedores na loja, o previsto para os três últimos meses do ano é ter pelo menos dez funcionários. “Optamos até pessoas sem experiência. Aqui fazemos um treinamento básico de três dias, com tudo o que precisa saber para atender. Inclusive esperamos temporários que podem ser efetivados.”

Apesar da busca do comércio, a procura por vagas está menor. É o que afirma o gerente de uma loja esportiva, Marcos Flach. “Sempre que abríamos vagas, com anúncio nas redes sociais e cartazes em frente da loja, recebíamos muitos currículos. Era uma média de dez por dia. Agora é um ou dois.”

Também chama atenção o número de candidatos que desistem antes mesmo da entrevista. “Recebemos o currículo, em especial aquele que vem até a loja. Já iniciamos uma conversa. Ligamos ou mandamos mensagem um ou dois dias antes. Por vezes nem respondem ou não atendem.”

Pela característica desta época do ano, Flach destaca o perfil dos clientes. Do contrário de outros períodos, em que o cliente faz um contato prévio, busca um produto específico, quando se trata de presentes, há um processo de escolha na hora. “Temos um aumento de movimentos. Chegam as famílias, o pai e a mãe, o padrinho, os tios, e escolhem na hora o que vão levar. Para atender bem, precisamos de mais equipe.”

Diante dessa dificuldade na hora de contratar, a própria CDL Lajeado organiza cursos de vendas. “Um bom vendedor vai sempre ter trabalho. Nós oportunizamos para associados e seus funcionários formação para estratégias de vendas e motivação. Tivemos bastante público”, diz Mallmann.

Para os próximos meses, a CDL organiza um curso voltado à pessoas que buscam o primeiro emprego. Conforme a entidade, o objetivo é ensinar técnicas sobre comunicação e postura tanto para se apresentar à empresa quanto para o atendimento.

Pouca procura

Pelos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o Vale teve oito meses de saldo positivo. De janeiro a agosto, acumula 4.832 postos de trabalho formal criados. Em últimos 12 meses, foram 5.676 vagas preenchidas.

O índice de formalidade do emprego se aproxima dos 38%. Para o presidente da Câmara da Indústria e Comércio da região (CIC-VT), Ivandro Rosa, a região retomou patamares próximos de pleno emprego. Com isso, o trabalhador passa a selecionar mais qual vaga ele quer se candidatar. “Mudou o cenário. Antes o candidato se adaptava ao cenário. Aceitava qualquer posto, mesmo que fosse distante da sua área de atuação.”

Com a retomada da economia e da empregabilidade, também cresce os pedidos de demissão. “Esse funcionário vai buscar se colocar em alguma atividade mais próxima com seu perfil. O pleno emprego traz também dificuldade em fechar vagas.”

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