Comércio aposta no frio para incrementar vendas

TEMPO DE VENDER

Comércio aposta no frio para incrementar vendas

Lojistas projetam aumento no volume de negócios em pelo menos 20% na comparação com o ano passado. Roupas e aquecedores elétricos estão entre as preferências dos clientes

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Comércio aposta no frio para incrementar vendas
Venda de aquecedores elétricos e fogões a lenha aumenta com o início do período mais frio do ano (Foto: Felipe Neitzke)
Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

A menos de um mês para o início do inverno, o frio antecipado é estratégico aos lojistas. Com a redução da temperatura, a expectativa é que o consumidor busque novas opções de vestuário e itens para o conforto em casa. Os casacos pesados, calçados e acessórios adequados à estação mais fria do ano agregam e ampliam o valor médio de venda.

Outro segmento beneficiado é o de aquecedores elétricos e fogões a lenha. Com a frequência de dias frios e chuvosos, os comerciantes antecipam a exposição dos itens. Em alguns casos, já superaram as projeções em relação ao ano passado. As entidades que representam os lojistas da região estimam incremento de pelo menos 20% nas vendas.

Além do frio, outros fatores são considerados fundamentais para o desempenho do comércio. A retomada de eventos presenciais e a flexibilização das restrições impostas pela pandemia ampliam o otimismo. De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), de Lajeado, Aquiles Mallmann, diferentes segmentos são beneficiados.

“As pessoas voltaram a frequentar festas e com isso a necessidade de investir no vestuário. Aqueles mais caseiros perceberam que precisam comprar um novo equipamento para garantir o conforto no lar”, observa Mallmann.

Essa também é a concepção do presidente do Sindilojas Vale do Taquari, Giraldo Sandri. “Sem o frio a venda de inverno não acontece e, diante das condições econômicas, o consumidor prioriza por aquilo que de fato precisa”, reitera.

Aliado às condições do tempo, o Dia dos Namorados é um dos momentos que também atrai mais público às lojas nos próximos dias. As datas comemorativas de modo geral animam os comerciantes. Dirigentes confirmam que desde o Natal do ano passado houve o aumento das vendas, comprometidas desde 2020 com a pandemia.

Retomada das vendas

Atentos ao mercado e otimistas com o frio, os lojistas iniciaram a venda das peças das coleções de inverno ainda no mês de abril. Este é considerado o melhor momento desde 2019, avalia a gerente da Lojas Dullius, de Lajeado, Arilete Lipp.

Nesta época do ano, o valor médio por venda é de R$ 650. Durante o verão, fica na faixa de R$ 400. “Com o frio, o cliente leva algum complemento para renovar o look. A liberação de eventos também contribuiu muito com nosso setor”, comenta Arilete.

A expectativa da gerente é que a loja aumente em 20% as vendas este ano. Para atender a demanda, ampliaram a variedade dos itens e anteciparam a exposição dos produtos. “Se o cliente tem acesso mais cedo às tendências da estação também contribui no desempenho da temporada”, ressalta a gerente.

No entanto, alguns fornecedores enfrentaram dificuldades em cumprir prazos. Entre os fatores que influenciaram na linha de produção, a escassez de matéria prima, reflexo do cenário internacional de lockdown na China.

Expectativas superadas

Colocar o produto com antecedência à disposição do consumidor também foi a estratégia da rede varejista Lojas Certel. De acordo com o supervisor, Marcelo Oliveira Soares, a estimativa inicial era crescer 15% em relação a 2021. Com o frio intenso mais cedo, o volume de vendas já é 35% maior no comparativo ao mesmo período do ano passado.

Esse desempenho tende a ser o melhor desde o período pré-pandemia. “Ter o produto a pronta entrega faz toda a diferença. Optamos em valorizar os itens mais vendidos durante o inverno, que são os aquecedores elétricos e fogões a lenha”, reitera Soares.

A venda dos utensílios ao conforto térmico iniciou ainda durante o mês de abril. “Os aquecedores portáteis são a preferência, possuem um custo baixo e contribuem para manter o ambiente aquecido”, comenta o supervisor de lojas.

Setor da moda e vestuário projeta melhor inverno desde 2019
(Foto: Felipe Neitzke)


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