Acrobacias, malabarismo, mágicas e ilusionismo são atividades conhecidas de um circo. Na região, a prática é pouco difundida, e possui poucos profissionais na área. Para aproximar a comunidade desta arte, no entanto, a Casa de Cultura de Lajeado abre suas portas para uma oficina gratuita sobre vivências e histórias do circo nesta quarta-feira (27).
Ministrado pelo artista Anderson Balhero, o evento é gratuito, das 13h30 às 17h30. As inscrições podem ser feitas na Casa de Cultura ou pelo telefone 3982-1081. São disponibilizadas 25 vagas.
Além de contar a história do circo, do trapézio e da atividade com o tecido acrobático, durante a atividade, Balhero também ensinará movimentos básicos da arte circense. Por isso, um regulador, mais conhecido como trave, de 4 metros será montado na Praça da Matriz, em frente à Casa de Cultura.
Um colchão abaixo dos equipamentos vai garantir a segurança dos alunos. Aliás, este também é um tema trabalhado pelo artista na oficina. “Lá vamos fazer a parte prática do encontro, com tecido acrobático e trapézio, mostrando, também, como evitar acidentes”, destaca o instrutor. A iniciativa foi de Balhero, por meio de um edital da Lei Aldir Blanc.
O artista conta que iniciou no circo um ano depois de começar no teatro, há quase 25 anos. E, hoje, mantém a própria companhia de teatro, chamada Destemperados. Além de participar do Circo Teatro Girassol, de Porto Alegre.
Apesar de viver no Vale, encontrou na capital a oportunidade de se destacar no ramo artístico. Por aqui, conhece apenas seis profissionais que trabalham com circo.
A rotina de Balhero circula entre o circo e o teatro com diferentes apresentações. Hoje, o artista atua em uma peça de teatro infantil. Na semana passada, participou do espetáculo Os Palhaços de Tchékhov.
Cultura em resgate
Coordenadora da Casa de Cultura de Lajeado, Ana Paula Vieira Labres destaca que a oficina traz aos alunos a oportunidade de aprender sobre uma cultura que vem se perdendo com o tempo. Além disso, é uma atividade saudável, e de resgate às tradições. “É um momento de unir as pessoas para aprenderem uma arte diferente e resgatar as origens da prática”, destaca.
Com artistas de diferentes especialidades, o circo como é conhecido hoje surgiu em 1770, com o inglês Philip Astley. Um oficial da Cavalaria Britânica que organizou, com normas militares, um espetáculo equestre, até então um esporte nobre.
Depois disso, as pessoas começaram a querer aprender a prática, e o oficial juntou à apresentação, palhaços, equilibristas e saltadores, que foram se adaptando e se modificando com o tempo. No Brasil, as atrações circenses, com espetáculos itinerantes, chegaram no século XIX.
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