A dificuldade em acessar créditos e garantir o fluxo de caixa nas empresas mobiliza o Vale do Taquari. Um documento assinado pelo Comitê de Entidades foi encaminhado para cooperativas de crédito locais e instituições bancárias de âmbito estadual e nacional.
O assunto foi abordado no programa Frente e Verso na manhã de hoje. Presidente da CIC Vale do Taquari, Ivandro da Rosa destacou que o governo adotou medidas para ampliar recursos para empréstimos dos bancos, entretanto nem sempre o empresariado consegue acessar essas linhas de crédito. “Esse dinheiro precisa chegar na ponta”, cobra.
Rosa lembra que diversos empreendimentos se mantiveram fechados durante a pandemia e perderam mais da metade da arrecadação. Essa situação nunca presenciada nas últimas décadas exige juros diferenciados e período de carência ampliado para as empresas conseguirem “fôlego” no pagamento.
“Temos que entender que todos estão passando por uma crise sem precedente e por isso precisamos buscar medidas diferentes”, acredita.
Outras dificuldades apontadas por Rosa são as garantias necessárias para o empréstimo. No documento, o Comitê de Entidades pede para que o Tesouro arque com os riscos das operações.
Presidente do conselho de administração da Dália Alimentos, Gilberto Piccinini destacou que as cooperativas de crédito locais também enfrentam a dificuldade em abrir linhas de crédito em função das garantias determinadas pelo Banco Central.
Ele lembrou que além da pandemia, os empreendedores da agroindústria enfrentam uma das estiagens mais graves dos últimos anos.
No documento, o Comitê de Entidades cita que 66% dos empresários apontam a busca por capital de giro como a principal dificuldade neste período de pandemia, segundo pesquisa do Sebrae. Quase 90% dos negócios tiveram queda no faturamento.
O documento é assinado pela CIC Vale do Taquari, Amturvales, Amvat, Codevat,16ª Coordenadoria Regional de Saúde, Sebrae e Cooperativas Dália Alimentos e Languiru.
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