Indústria de carnes não pode parar, defendem produtores

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Indústria de carnes não pode parar, defendem produtores

Representantes de cooperativas do Sul manifestaram preocupação à ministra da Agricultura em meio à crise do coronavírus. Receio é de um colapso na produção de alimentos

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Indústria de carnes não pode parar, defendem produtores
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A pandemia do novo Coronavírus (COVID-19) preocupa diferentes setores da indústria nacional. O ramo da proteína animal é um dos que está se mobilizando para que suas atividades não sejam afetadas. Por parte do governo federal, houve uma sinalização positiva para que a produção continue.

Ontem, 18, à tarde, representantes de cooperativas dos três estados do Sul realizaram uma videoconferência que contou com a participação da ministra da Agricultura, Tereza Cristina. O debate teve também representantes de outros órgãos, como os ministérios da Saúde e da Economia.

O principal motivo de aflição das cooperativas é com o abate de animais, que pode trazer prejuízos incalculáveis caso fique inviabilizado por conta das medidas que estão sendo tomadas no país para combater o avanço do coronavírus. “Se isso ocorrer, terá falta de comida. Seria um desastre”, afirma o presidente da Cooperativa Languiru, Dirceu Bayer.

Bayer participou da videoconferência e diz que foram apresentadas uma série de reivindicações ao governo. “A ministra ficou sensibilizada e nos garantiu que não vai faltar produto. Isso é uma forma também de tranquilizar os mercados da região”, afirma.

Interferência nos portos

Uma das reivindicações dos representantes das cooperativas é de que haja interferência federal para evitar o fechamento de portos. Também pediram que os corredores entre os estados da federação se mantenham abertos para livre acesso dos cereais (farelo, soja).

“Chegou uma informação para nós de que o Porto de Santos (SP) estaria fechando, o que seria uma catástrofe para todos. Dependemos muito de produtos importados, como vitaminas”, explica Bayer.

“Se parar a indústria, cria um colapso grande”

Presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador diz que ainda não há um impacto negativo na produção. Mas admite que a preocupação é grande principalmente se abates forem reduzidos nas indústrias.

“O setor da suinocultura tem um movimento diário na produção, desde os nascimentos, até a retirada da granja e ida para o frigorífico. Se qualquer uma dessas engrenagens der problema, o efeito é cascata. Se houver problema de exportação, por falta de contêiner ou pessoal, afeta diretamente a produção”, salienta.

Folador consultou representantes de indústrias e, conforme ele, segue tudo dentro do normal atualmente. “Se parar a indústria, cria um colapso grande. E é produção de alimento. Não só suínos, mas aves, bovinos. São carnes enviadas diretamente aos mercados”, opina.

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