O plano do governo estadual às rodovias pedagiadas no Vale do Taquari será o tema central de reunião na tarde de hoje. A comitiva local, integrada pelo Conselho de Desenvolvimento (Codevat), Câmara da Indústria e Comércio (CIC-VT), associações dos prefeitos (Amvat) e dos vereadores (Avat), conversa com o secretário estadual de Governança e Gestão Estratégica, Claudio Gastal.
De acordo com a presidente do Codevat, Cíntia Agostini, desde o início do governo, a região busca informações sobre o projeto do governo para conservação, melhorias e ampliações nas rodovias 129, 130 e 453.
O governo pretende extinguir a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), responsável pela administração das estradas. “Há um indicativo de que os trechos do Vale sejam concedidos à iniciativa privada. Precisamos entender o que está sendo planejado e também ajudar a construir uma ideia tendo em vista as necessidades locais”, diz Cíntia.
A partir disso, afirma, líderes locais querem saber qual o projeto do Piratini para a administração das três praças na região. Na avaliação das entidades, a concessão das estradas é um tema complexo, com impacto social e econômico, e precisa ser tratado de forma transparente e plural.
O Executivo gaúcho lançou em março a concessão das ERSs-287 e 324. Pelo projeto, as estradas serão repassadas à iniciativa privada por 30 anos. A previsão é de um investimento de R$ 2,2 bilhões nas rodovias.
Quilômetro rodado custa R$ 0,30
Pelos cálculos do Codevat, o desembolso dos motoristas por quilômetro rodado nas estradas da EGR no Vale é duas vezes mais caro do que o estipulado nas concessões das 287 e 324. “Pagamos R$ 0,30, sem garantia de obras de infraestrutura. É um custo muito alto para pouco retorno”, avalia Cíntia. Na concessão da 287 e 324, o custo por quilômetro rodado fica em torno dos R$ 0,15.
Comissão em Doutor Ricardo
A precariedade da ERS-332, no trecho que liga Doutor Ricardo a Encantado e Soledade, foi tema de reunião na noite dessa terça-feira. Autoridades políticas formaram uma comissão de trabalho para cobrar melhorias efetivas do governo do Estado. Os integrantes pretendem marcar uma reunião com o secretário estadual dos Transportes, Juvir Costella.
A prefeita de Doutor Ricardo, Catea Rolante, ressalta que as condições da pista interferem na segurança da comunidade e também no desenvolvimento econômico do município. Segundo ela, há trechos intransitáveis.
No dia 17 deste mês, uma professora se acidentou em um dos buracos na rodovia. Ela estava em uma motocicleta e precisou passar por diversas cirurgias. A vítima segue internada.
FILIPE FALEIRO – filipe@jornalahora.inf.br
