“Minhas tardes são sagradas  para as caminhadas”

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“Minhas tardes são sagradas para as caminhadas”

A rotina pesada de muitas pessoas impede o melhor aproveitamento dos períodos ociosos para criar novos hábitos. Alcei João Cantú, 58, teve uma mudança de vida a partir dos 40 anos e da aposentadoria. Passou a fazer caminhadas diárias, viajou…

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“Minhas tardes são sagradas  para as caminhadas”
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A rotina pesada de muitas pessoas impede o melhor aproveitamento dos períodos ociosos para criar novos hábitos. Alcei João Cantú, 58, teve uma mudança de vida a partir dos 40 anos e da aposentadoria. Passou a fazer caminhadas diárias, viajou de moto e ingressou em um grupo de teatro.  Trabalhou até mesmo como recenseador do IBGE, em uma experiência que o fez mudar a forma de ver o mundo

Por que você começou a mudar sua rotina somente após os 40 anos?
Até essa idade, eu era totalmente sedentário. Comecei a trabalhar muito cedo. Encaminhei minha aposentadoria depois de 35 anos de contribuição e decidi me desfazer da empresa da qual era dono. Por um período pequeno, fiquei sem fazer nada. As pessoas me perguntavam o que eu estava fazendo e dizia: “estou desempregado”. Ficava até com vergonha de sair de casa e comecei a fazer caminhadas, mas em locais mais afastados do Centro. Aí, comecei a caminhar no Parque dos Dick e peguei gosto. Andava até de bicicleta. Cheguei a fazer 160 quilômetros numa semana.
Como é a sua prática diária de exercícios e atividades?
De manhã, eu ainda trabalho, no setor administrativo de uma empresa. De tarde, eu saio para caminhar. Não gosto de andar em círculos, então prefiro caminhadas pela cidade. Moro no Centro e costumo ir até bairros mais próximos como o Florestal, e voltar. Tiro umas duas horas para isso nos dias de semana e um pouco mais no final de semana. Minhas tardes são sagradas para as caminhadas.
Você chegou a trabalhar temporariamente no IBGE. Como foi a experiência?
Eu atuei como recenseador durante o último Censo, em 2010. A partir daí, comecei a conhecer outras realidades, ver as diferenças sociais que existem aqui, tão próximas umas das outras. Foi uma experiência incrível, que me fez mudar a forma de ver o mundo. Como os trabalhos foram encerrados aqui com antecedência, me chamaram para trabalhar no recenseamento em Bento Gonçalves, onde o processo estava atrasado. Também foi bem interessante.
Que outras atividades você inseriu no seu cotidiano?
Cheguei a participar por um ano e meio de um teatro, promovido pelo CDL em parceria com a prefeitura relacionado ao Natal. Foi uma experiência bacana. Na peça eu era um apresentador de circo e também era o irmão desaparecido da personagem principal. Também aproveitei, nos últimos anos, para viajar de moto. Mas não fiz grandes distâncias. O máximo que percorri foi de Lajeado a Pelotas. Mas quero muito ir de moto ao Uruguai. É meu sonho.
 

MATEUS SOUZA – mateus@jornalahora.inf.br

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