“Gostaria de ter a serenidade Dele”

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“Gostaria de ter a serenidade Dele”

Desde 1997, o empresário Márcio José Rockenbach, 40, interpreta os últimos momentos de Jesus Cristo na Terra. Ele é um dos cerca de cem voluntários que participam da Via Sacra de Forqueta, em Arroio do Meio   O que você…

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“Gostaria de ter a serenidade Dele”

Desde 1997, o empresário Márcio José Rockenbach, 40, interpreta os últimos momentos de Jesus Cristo na Terra. Ele é um dos cerca de cem voluntários que participam da Via Sacra de Forqueta, em Arroio do Meio

 
O que você sentiu ao saber que iria interpretar Jesus Cristo?
Foi um desafio grande. Na época eu era um garoto. Tinha 18 anos. Hoje, o papel representa muito para mim, dos exemplos e o jeito de ser que Jesus nos deixou. Poder representar esse papel dentro de um grupo tão grande leva a necessidade de um comprometimento para passar a mensagem ao público que vem nos assistir. Considero uma responsabilidade muito grande.
 
Qual o momento da paixão de Cristo que mais te emociona interpretar?
São vários momentos. A parte da ceia é muito especial para mim. Tem também a parte da condenação e a crucificação, que são os momentos de reflexão sobre o que o povo fez e o que nós faremos daqui para a frente.
 
Quais as principais mudanças que ocorreram da primeira Via Sacra de Forqueta, em 1997, até a edição 2019?
Foi muita mudança. A primeira peça fizemos no campo de futebol sete da Sociedade Esportiva Forquetense. O palco era montado com mesas e o público ficava ao redor para poder ver. As pessoas vinham e diziam que a gente deveria continuar. Assim, o grupo da encenação sempre teve essa motivação, até para fazer algo melhor no ano seguinte. Em 2012, mudou totalmente, quando a comunidade São Vendelino cedeu uma área de terras para nós fazermos a peça. Hoje, podemos inaugurar pórtico de Roma, novos cenários, coisas que em outras épocas precisávamos fazer de madeira.
 
Se você pudesse dizer uma frase pessoalmente para Jesus, qual seria?
Eu diria que gostaria de ter a serenidade e o jeito de ser Dele. Ter isso no dia a dia. Pois é isso que ele quis mostrar.
 
Por quanto tempo você vai continuar interpretando Jesus?
Não sei. Eu tenho o meu filho pequeno de dois anos e meio. Pretendo que ele participe a primeira vez da nossa encenação. Hoje faço muita coisa pelas crianças para que a peça não morra. Se eu continuar fazendo por mais cinco anos ou dez anos, só o tempo vai dizer.
 

FÁBIO KUHN – fabiokuhn@jornalahora.inf.br

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