Sinal fraco

Editorial

Sinal fraco

Um novo diagnóstico do Conselho de Desenvolvimento (Codevat) sobre telefonia e internet na região confirmou a precariedade na prestação do serviço. A importância dessas tecnologias de comunicação e informação é indiscutível. Ficar sem sinal ou sem acesso à rede mundial…

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Um novo diagnóstico do Conselho de Desenvolvimento (Codevat) sobre telefonia e internet na região confirmou a precariedade na prestação do serviço. A importância dessas tecnologias de comunicação e informação é indiscutível.
Ficar sem sinal ou sem acesso à rede mundial de computadores representa perder competitividade para empresas. Além de impactar sobre a vida e o acesso ao conhecimento. Jovens moradores de cidades interioranas optam por deixar o município de origem também pela falta desse serviço.
Quando se fala em êxodo rural, uma forma de evitar essa migração é levar ao campo os confortos da cidade. Em meio a isso entra a televisão via satélite, a internet com acesso veloz para jogos eletrônicos e garantia de que, quando precisar, terá sinal para usar o celular.
Em comparação com o último estudo, feito em 2014 houve uma leve melhora. Ainda assim, longe de atender às necessidades da população. Os dados ajudam a comprovar análise da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Conforme o órgão, o RS é o terceiro estado do país com mais áreas sem sinal de telefone móvel. No país, há 4,5 milhões de excluídos digitais espalhados em 2,2 mil distritos, em 21 estados.
O RS só é mais conectado do que a Bahia e o Ceará. São quase meio milhão de pessoas que vivem em 570 distritos do RS sem acesso ao sinal de celular.
De fato, a privatização das telecomunicações na década de 90 trouxe melhorias no serviço. Por outro lado, falta uma cobrança mais incisiva das agências públicas sobre as prestadoras do serviço. Enquanto os consumidores recebem ligações de call centers com a oferta de diversos planos, na hora de entregar o combinado cria-se um abismo. Cancelar um pedido se torna um calvário para o cliente.
O sinal de internet móvel ofertado pelas companhias no país e no RS não cumpre o prometido. O acesso 3G e 4G ainda não decolou. Falta investimento por parte das empresas que exploram o serviço. Antes de analisar no Congresso o limite dos planos de internet, é preciso entregar o que está previsto em contrato.

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