Tricotar para o bem

Lajeado

Tricotar para o bem

Grupo voluntário doa peças feitas de tricô para pessoas carentes

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Ao entrelaçar um fio de lã a outro, vão sendo tricotadas mantas, toucas, meias e roupas para idosos, crianças e pessoas carentes. O grupo voluntário Tricoteiras do Bem existe em Lajeado faz cinco anos e reúne cerca de 35 mulheres.

A partir de uma conversa com o grupo Amigas do HBB, Eliana Schneider teve a ideia de começar um grupo voluntário de tricô e doar as peças aos pacientes mais necessitados do hospital.

Entre uma meia de bebê e uma mantinha para os idosos, ela passou a ensinar mais mulheres a arte de tricotagem, e cada vez mais voluntárias se uniram ao grupo que hoje doa suas produções também para outros lugares, na tentativa de minimizar algumas das necessidades da comunidade.

Conhecida pelas Histórias da Tia Chica e pela leitura de contos infantis, Ana Cecília Togni faz parte do Tricoteiras do Bem. Ela conta que já fez seis ou sete mantas de 120cmx90cm que foram doadas, e que todo o trabalho é voluntário.

Passando pela porta da FundeF, ela encontra ali um dos maiores prazeres em fazer parte do grupo. “Em uma Páscoa, faz uns 3 anos, eu me vesti de Coelho”, lembra. “Fui entregar para as crianças, bonecos que a gente fez, e alguns ovos de chocolate de uma companheira.”

A emoção que sente ao ajudar a instituição transbordou de seus olhos ao contar da receptividade das pessoas que recebem as doações. “Também fico feliz em ir aos asilos onde estão os idosos, porque eu acho que às vezes eles são esquecidos, então, quando eu teço uma manta que vai cobrir seus joelhos e suas pernas, me emociono demais”, conta.

Exemplos que transformam

Com a ideia de criar um projeto por mês, as mulheres se reúnem nas salinhas atrás da Paróquia Santo Inácio de Loyola, às 14h, no terceiro sábado do mês.

Misturando um pouco de amor e solidariedade, no ano passado, elas tricotaram turbantes para os pacientes com câncer internados no Hospital Bruno Born, em apoio à Liga Feminina de Combate ao Câncer.

De exemplo em exemplo, o grupo tornou-se referência para o surgimento de outros projetos voluntários envolvendo o tricô, como na cidade de Arroio do Meio.

Entre uma doação e outra aos hospitais e asilos, sempre ficam algumas peças em estoque que são distribuídas de acordo com as necessidades da comunidade. “No ano passado a gente também doou uma caixa de meias de bebês para o pessoal da Liga Feminina de Combate ao Câncer vender no brechó”, conta Tia Chica.

Bibiana Faleiro: bibiana@jornalahora.inf.br

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