Legado de atuação em Linha Delfina

Estrela

Legado de atuação em Linha Delfina

Presidente do Clube de Futebol SER Aimoré por diversas gestões, Mallmann morreu na segunda-feira em decorrência de um câncer

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Como uma herança genética, o gosto e a paixão pelo futebol de Nelson Mallmann, 55, vieram do pai e dos tios, que também integraram o clube SER Aimoré, presidido por Mallmann durante várias gestões.

Embora tenha jogado futebol durante toda a vida, o suinocultor e líder comunitário de Linha Delfina, Nelson Mallmann, morreu sem nunca ter levado um cartão amarelo em uma partida ou campeonato esportivo.

“Era um homem de grande disciplina”, lembra o aposentado e sócio do clube João Pedro Schmidt, 62. “O Nelson sempre dizia que se você sair de um jogo mais estressado do que entrou o esporte não tinha valido a pena.”

Desde o ano passado, Mallmann lutava contra um tumor no cérebro. Em meados de junho do ano passado, havia feito cirurgia e estava se recuperando bem. Porém a doença voltou e ele não resistiu após 12 dias internados no Hospital Bruno Born.

O velório e enterro ocorreram ontem em Linha Delfina, localidade onde Mallmann sempre viveu.

Mallmann lutava contra um tumor desde o ano passado

Mallmann lutava contra um tumor desde o ano passado

“Tudo se resolve”

O irmão mais velho, Renato Mallmann, 64, conta que lembra do dia em que Nelson nasceu. “Eu tinha 9 anos.”

Renato recorda que Nelson sempre tinha um jeito calmo e confiante para resolver qualquer problema. “Ele sempre dizia ‘calma, gente. Tem jeito para tudo nessa vida.’”

Mesmo com a doença, o líder comunitário se manteve firme na esperança pela recuperação, conta o irmão.

Exemplo

O jeito calmo e otimista de Nelson foram lembrados pelos amigos e familiares. Nas imediações do cemitério de Linha Delfina mais de uma centena de carros estavam estacionados.

A despedida do líder comunitário mobilizou moradores de Estrela que foram cativados pelo carisma e pelo modo como ele levava a vida.

“Lembro de duas coisas que ele me disse que carrego para vida”, compartilha o vereador Marcio Mallmann. “Que se alguém quiser ter sucesso na vida é preciso de honestidade e trabalho. Estss duas características resumem a trajetória de Mallmann, tanto no clube quanto na família e no trabalho.”

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Segunda família

Além da mulher Elaine, do filho adolescente Augusto, da mãe Maria Cecília, 87, e dos cinco irmãos, Nelson tinha uma segunda família: o clube SER Aimoré.

O sonho dele era ver o time campeão na primeira divisão do Regional Aslivata. Em 2013 a equipe foi vice-campeã.

“Era uma família em casa e outra no clube”, comenta o atual presidente José Schmidt, 61. “Com sua morte, nossa família Aimoré está muito ferida.”

O vereador Darlã Bellini, que jogou com Nelson, lembra do amigo como alguém marcado pelo empenho e dedicação nas coisas que fazia.

“Ele foi nosso zagueiro. Não era um craque, mas jogava muito bem. Sempre se esforçava para dar o melhor em tudo.”

Cristiano Duarte: cristiano@jornalahora.inf.br

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