As histórias vividas pelo gringo Diogo Elzinga e o primo Caciano Kuffel estão no standup comedy “Esse dia foi loko”. O espetáculo dos gringos, que fazem sucesso na internet, ocorre no dia 31, às 20h, no Centro Comunitário Evangélico. Ingressos disponíveis na Burger Express e com a Innov Produções.
Elzinga contabiliza 40 mil assinantes no seu canal do Youtube e mais de 400 mil fãs no Facebook. Também está presente no Instagram e no Twitter. Jornalista, arranca gargalhadas ao contar situações inusitadas sobre a vida nas cidades do interior. Lajeado, Encantado, Estrela e Taquari , Arroio do Meio, Teutônia não escaparam das suas sátiras. “Os vídeos começaram a ter um bom engajamento e as pessoas começaram a me procurar para falar sobre onde moravam. Percebi que existia um nicho de mercado.”, conta.
No standup comedy que percorre o Estado, conta com a parceria do primo comediante, Caciano Kuffel. “Temos três meses de diferença de idade e fomos criados juntos. Desde 2006, quando fui morar em Caxias, começamos a fazer algumas coisas juntos e nos aproximamos novamente. No ano passado resolvemos colocar a cara e a coragem na internet. Fazer algo novo. Deu muito certo, por sinal.”
Para Elzinga, trabalhar com audiovisual sempre foi um sonho. “A melhor parte é o reconhecimento através das redes sociais e, principalmente, nas ruas, quando as pessoas me param para tirar fotos e para elogiar meu trabalho.” O sucesso é tanto que ele já fez alguns vídeos “sob encomenda”. “Prezopelo conteúdo e não pela propaganda. Dificilmente algum seguidor do meu trabalho conseguiria apontar a dedo quais são estes vídeos.” O assédio comercial existe. “Tenho uma ferramenta de mídia muito forte.” Porém, não possui patrocinadores fixos. “Toda semana estou produzindo novos conteúdos para empresas diferentes. Hoje faço comerciais para as Lojas Benoit, que são exibidos em canais da televisão aberta.”
Entrevista
A Hora – Como um gringo se sente numa terra de alemão?
Elzinga – Uma vez eu ficava mais perdido nessas terras, mas do último ano para cá já tenho me habituado, já que tenho falado muito sobre a cultura alemã. Até umas palavrinhas eu arrisco. E apesar da minha família ter costumes italianos, temos a maioria dos sobrenomes alemães. Em Lajeado, então, estou em casa.
A Hora – Qual foi o dia mais “loko” das tuas andanças pelo interior do Estado?
Elzinga – Foi um dia que eu tava em Lajeado, parei na sinaleira e jurei ter visto uma amiga de Caxias no carro do lado. Comecei a gritar loucamente para ela. A guria ficou toda sem jeito (não era minha amiga) e eu não tinha como sair dali porque a sinaleira ainda tava fechada. Senti muita vergonha. Então uma delas disse: “Olha, é o Elzinga”. Até hoje acho que elas me acham um ser humano horrível por isso.
A Hora – Quem te inspirou para criar o standup?
Elzinga – Foi meu primo, Caciano Kuffel, quem me inspirou. Eu nunca quis trabalhar com standup por vergonha, medo de errar o texto, essas coisas que a ansiedade causa. Então, num belo dia ele organizou um show em Carlos Barbosa e colocou meu nome junto como uma das atrações principais. Não tive como recuar, já que os ingressos já estavam sendo vendidos. Comecei a escrever meu texto e, no fim, tudo deu certo.
A Hora – Dá para ganhar dinheiro como youtuber?
Elzinga – Dá sim. Tudo depende de persistência, dedicação, criatividade e originalidade. Parece muito, mas é a mesma forma pra abrir qualquer tipo de negócio. Precisa-se gostar do que faz e os lucros começam a vir com o tempo.
A Hora – O que você conta nos teus vídeos que ninguém mais conta sobre as cidades?
Elzinga – Eu digo que meu propósito não é falar sobre as cidades de um modo turístico mas, sim, de um jeito que só quem já morou lá algum dia entenderia. Gosto de brincar com o sentimento nostálgico dos moradores.
