Conselho recorre ao Estado para compra de mobiliário

Lajeado

Conselho recorre ao Estado para compra de mobiliário

Com 95% da obra pronta, comissão organiza inauguração do prédio

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Conselho recorre ao Estado para compra de mobiliário
Lajeado

Representantes da região têm uma audiência marcada com o governo do Estado na próxima semana para tratar da aquisição de móveis para o presídio feminino. Ela deve ocorrer na sexta-feira, 20, e contar com a participação de integrantes do Judiciário e da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe).

A falta de recursos para a aquisição do mobiliário é tida como uma das principais preocupações do grupo encarregado pelos serviços. Para o presidente do Conselho Popular de Assistência ao Preso, Miguel Feldens, a mobilização teve como foco viabilizar a construção do prédio e uma possível participação estadual é justificada pelo barateamento gerado no processo.

Até o fim de abril, conforme apresentado pelo responsável pela obra, Leo Katz, R$ 718 mil, haviam sido investidos. Do total, R$ 137 mil foram custeados por ações comunitárias como doações e campanhas de arrecadação. O complexo terá dez celas e um total de 38 ambientes, entre salas administrativas e alojamentos.

Em conclusão

De acordo com o engenheiro, cerca de 1/3 das grades previstas estão instaladas no local. O serviço mais adiantado é a colocação do piso, cerca de 95% concluída. Além dela, a pintura está pronta em 60% do prédio. Com a indefinição sobre o mobiliário, o grupo evita estimar um período para a entrega da obra.

Ele se mostra cético quanto ao sucesso na negociação com o governo estadual. Durante a reunião, sugeriu a busca por outra alternativa. Entre elas, a confecção de mesas e bancos com materiais próprios. “Não acredito que o Estado nos contemple com algo para o mobiliário. Meu medo é que isso vire um depósito de pessoas.”

Mesmo com as mobilizações para custeio da obra, a estimativa é de cerca de R$ 100 mil de déficit para finalizar o projeto. Os recursos seriam usados para aquisição e instalação de grades. Outro gasto diz respeito à compra e instalação de equipamentos de informática.

Demanda Regional

Apesar de ser uma construção capaz de atender a demanda de municípios da região, o projeto do presídio feminino depende de recursos de voluntários, Judiciários de Lajeado, Estrela e Teutônia. Em março, a situação gerou um impasse entre municípios e os responsáveis pelo projeto.

Entre as queixas, estava a falta de participação dos poderes públicos com a iniciativa. Dos 16 municípios da comarca, apenas um colaborou. Além de R$ 120 mil para a obra, Lajeado realizou os serviços de preparo da área para a construção.

Com o início das operações do presídio feminino, a transferência de presas da região em cumprimento de pena em outras cidades do estado para o local será prioridade. A medida também possibilita a devolução de presos do Presídio Estadual de Lajeado, em forma de permuta.

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