Descascador de aipim facilita trabalho

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Descascador de aipim facilita trabalho

Empresário de Vera Cruz inventou máquina de descascar mandioca e conquistou o 1º lugar na categoria empresa do Prêmio Afubra/Nimeq de Inovação Tecnológica em Máquinas Agrícolas para Agricultura Familiar. Produtores aprovam iniciativa. Equipamento custa R$ 25 mil e pode ser financiado pelo Programa Mais Alimentos.

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Descascador de aipim facilita trabalho

Como forma de incentivar empresas e produtores a encontrar soluções para facilitar a vida no campo, a Afubra, em parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), promoveu a 3a edição do Prêmio Afubra/Nimeq de Inovação Tecnológica em Máquinas Agrícolas para Agricultura Familiar – categoria inventor – e o 2º na categoria empresa.

Campeã na categoria empresa, a máquina de descascar mandioca atraiu atenção de visitantes e produtores. Desenvolvido pela Usitec, de Vera Cruz, o equipamento custa R$ 25 mil e pode ser financiado pelo Programa Mais Alimentos.

Descasca até mil ramas por hora, o equivalente a 200 quilos de mandioca. “As vantagens são o baixo custo, a quantidade de material processado por dia e até a questão de higiene, pois não há contato manual”, diz André Luciano de Oliveira, empresário na área de usinagem industrial.

Antes de serem descascadas, a raízes são lavadas. Depois, uma a uma é colocada na máquina. As facas se moldam de acordo com o formato. O aparelho funciona com um motor de 1cv. “A raiz sai limpa, se acumula num tanque com água e está pronta para ser embalada.”

O agricultor José Adriano Bergenthal, de Venâncio Aires, aprovou o invento. “Vendemos toda produção in natura, pois descascar à mão é muito trabalhoso. Uma pessoa leva um dia para chegar ao montante da máquina em uma hora.”

Por ciclo, cultiva 55 mil pés de aipim em cinco hectares. A produção média é de 500 caixas (22 quilos cada) por hectare. Considera o aparelho uma forma de agregar valor à matéria-prima e aumentar a rentabilidade da lavoura. “Se não tivesse investido R$ 30 mil numa estufa elétrica para secar fumo, talvez compraria uma máquina e industrializaria a matéria-prima em casa.”

Recolhedor de pedras

De Protásio Alves, o produtor de soja Francisco José Defaveri conquistou o primeiro lugar na categoria inventor com a máquina de recolher pedras. Conforme Defaveri, que também atua na gerência de uma unidade dos Correios, a pesquisa para o desenvolvimento da novidade durou cerca de três anos. Após, mais sete meses foram necessários para a montagem.

Outros inventos foram premiados. A serraria móvel, de Dilson Miguel Wiebbelling, de Gramado Xavier; o canteirador, de Camilo Kuiava, de Casca; o secador graneleiro com ar aquecido, da Rovler Indústria de Agroequipamentos, e o eletrificador para cerca rural, da Zebu Sistemas Eletrônicos.

Batata-doce

Outra novidade foi apresentada pela Embrapa Clima Temperado. Trata-se da variedade de batata-doce que produz até 80 toneladas por hectare. Importante para a produção de biocombustível, uma tonelada do tubérculo produz até 158 litros de etanol, enquanto a cana-de-açúcar faz cerca de 80 litros. De acordo com a engenheira agrônoma Andrea Becker, a batata pode alimentar tanto pessoas quanto animais.

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