Reunião aborda condições do presídio

Lajeado

Reunião aborda condições do presídio

Tentativas de fuga seriam motivadas por superlotação, acredita conselho carcerário

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Reunião aborda condições do presídio
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Envio de presos para Venâncio Aires é uma alternativa para reduzir a superlotação do Presídio Estadual de Lajeado. As sete fugas em menos de 12 horas foram o mote da reunião do Conselho Popular de Assistência ao Preso, ocorrida nesta sexta-feira.

Uma das preocupações dos integrantes é a repercussão do fato na comunidade, o que pode prejudicar a imagem das instituições públicas. De acordo com os participantes, elas se tornaram “manchete nacional” e acabaram jogando todo o problema para os poderes locais.

O principal problema apontado foi a superlotação – o presídio tem capacidade para 122 presos, mas hoje abriga 362. Essa dificuldade decorre em razão da presença de presos definitivos de outras cidades. Segundo a Susepe, o presídio tem estrutura de baixa segurança, mas abriga presidiários que deveriam estar em um local de alta segurança.

Uma das soluções para reduzir a superlotação seria o envio desses presos para o presídio de Venâncio Aires, que hoje teria 71 vagas à disposição. Porém, para que isso ocorra, é necessário que acordos verbais feitos no passado sejam oficializados, como ressalta o presidente do conselho Miguel Feldens.

“Eu só vejo uma alternativa, se unir às varas de execuções criminais para determinar que presos que estão condenados sejam enviados para Venâncio Aires.”

Contudo, mesmo que essa medida seja tomada, o presídio seguirá lotado e ainda receberá os presos preventivos. Outra alternativa apontada foi um novo pedido de interdição, proposta pouco viável na avaliação de Feldens.

“Normalmente o tribunal não acata essa decisão porque todos os presídios estão superlotados. É uma forma de pedir atenção para o problema.”

Vai explodir, diz capitão

Durante o encontro, o comandante da Brigada Militar de Lajeado, capitão Luciano Johann, reclamou da insegurança dos agentes que atuam no presídio. De acordo com ele, os brigadianos não conseguem fazer a vigilância dos presos quando esses estão no pátio. O próprio Johann relatou ter tentado realizar a vigilância e ter de recuar por se sentir inseguro.

O comandante se mostrou preocupado com o futuro do presídio. “É um barril de pólvora e vai explodir” declarou. Os participantes do conselho esperam que 30% a 40% de vagas sejam abertas caso o Judiciário impeça a vinda de presos de Estrela e Teutônia para Lajeado.

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