Polícia investiga rixa de adolescentes

Lajeado

Polícia investiga rixa de adolescentes

Vídeo divulgado em rede social mostra agressões em frente ao shopping

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Lajeado

Uma confusão generalizada entre adolescentes foi registrada em vídeo e divulgada pela rede social Whatsapp. As cenas ocorreram em frente ao Shopping Lajeado, às margens da BR-386, e envolveram cerca de 30 menores.

A gravação dura cerca de 1 minuto e 30 segundos e começa com um grupo de jovens atacando um adolescente no estacionamento. Em meio aos carros, o menor recebe socos e chutes de meninos e meninas e foge. Em seguida, outro jovem recebe uma voadora e chutes dos agressores e a confusão se dissipa.

Testemunhas relatam ser comum discussões e até mesmo brigas entre grupos de adolescentes que frequentam o local. Uma das confusões teria ocorrido no sábado, 26, mas não se sabe ao certo em que data o vídeo foi gravado.

De acordo com o delegado da Polícia Civil de Lajeado, Juliano Stobbe, no fim de semana, foi registrada uma agressão contra um adolescente de 16 anos em frente ao shopping. Ele teria levado um golpe de soqueira, resultando em fratura no nariz e em quatro dentes.

A direção do estabelecimento afirma que o vídeo foi gravado entre os dias 13 e 20 deste mês. A empresa não se responsabiliza por acontecimentos na área externa do prédio e orienta os seguranças a chamarem a Brigada Militar nesses casos. Para Stobbe, como o shopping é um ambiente onde as pessoas pagam para ter segurança e tranquilidade, a empresa também tem certa responsabilidade sobre os acontecimentos da área externa.

“Quando se trata de uma confusão maior, algum inocente pode ser atingido, assim como os carros do estacionamento”, afirma. Segundo ele, é fundamental o registro desse tipo de caso para que a polícia possa iniciar investigações. Stobbe ressalta que casos como o do vídeo podem ser configurados como crime de rixa, para os quais qualquer testemunha pode prestar queixa, mesmo não estando entre os envolvidos.

Situação recorrente

De acordo com o delegado, outras brigas foram registradas no local nos últimos meses. Em uma delas, ocorrida na parada de ônibus em frente ao estabelecimento, um agressor foi identificado e o caso foi encaminhado ao Judiciário.  “A identificação foi possível graças a um registro em vídeo das agressões”, ressalta. Segundo ele, as gravações podem ser usadas como prova.

Entre as ações adotadas pela Polícia Civil nesse tipo de caso, está a convocação dos pais ou responsáveis, análise do histórico dos envolvidos ou a solicitação de medidas ao Judiciário por meio de representação.  “Muitas vezes os pais nem sabem do envolvimento dos filhos e a atuação da autoridade pode inibir novas ocorrências”, reforça.

Caso de polícia

O Conselho Tutelar de Lajeado alega não ter recebido denúncias sobre brigas ou rixas nas proximidades do shopping. Conforme o órgão, a orientação às testemunhas desse tipo de caso é de chamar a Brigada Militar, por se tratar de um ato infracional.

A entidade só é consultada nos casos em que os adolescentes são detidos em flagrante, encaminhados para a delegacia, e se negam a prestar informações sobre os pais ou responsáveis. Nessas situações, o Conselho fica responsável por tentar encontrar a família.

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