Executivo propõe 8% de aumento salarial

Lajeado

Executivo propõe 8% de aumento salarial

Reunião com líderes dos sindicatos dos servidores e dos professores ocorreu ontem

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Executivo propõe 8% de aumento salarial
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O prefeito Luís Fernando Schmidt recebeu em seu gabinete os líderes sindicais que representam os professores e servidores municipais.

A administração propôs aumento de 8%, índice 1,2% superior à proposta encaminhada à câmara de vereadores no início do mês, e retirada nessa terça-feira após protestos de funcionários públicos. No encontro, não foi autorizada a presença da imprensa.

A reunião durou cerca de uma hora. De acordo com a presidente do Sindicato dos Professores Municipais de Lajeado, Mara Gorgen, a proposta desagradou a classe. “Tenho quase certeza de que a maioria dos profissionais ligados ao nosso sindicato não irá aceitar o que nos foi proposto.”

Segundo ela, o reajuste será debatido neste sábado, às 10h, durante audiência no Colégio Estadual Castelo Branco. “A proposta também não me agrada. Esperava, no mínimo, o mesmo índice de aumento do IPTU. Ou mesmo a inflação, de 10,6%.” No encontro com o prefeito, foi sugerido ainda pelos professores uma revisão de 10%, parcelado em duas vezes durante o ano.

A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Sônia Feldens Heydt, também esteve presente no encontro. No início do mês, ela reclamava da falta de diálogo com o prefeito. A mesma questão partiu do próprio presidente do PT local, Ricardo Ewald, que criticou a ausência de negociações com os sindicalistas antes de formatar a primeira proposta, de 6,8%.

Com cerca de 2,1 mil funcionários públicos, entre concursados e cargos comissionados (CCs), o governo municipal gasta hoje cerca de R$ 7,5 milhões por mês com folha de pagamento e demais encargos trabalhistas. Em 2015, o governo gastou exatos R$ 106,7 milhões com o funcionalismo. O montante representou 46,8% da receita líquida corrente.

“Será preciso economizar”

O secretário da Fazenda (Sefa), José Carlos Bullé, alerta para a necessidade de implantar novas medidas de economia nas 14 secretarias. “Aumentar em 8% nos coloca no limite do limite. A previsão, outra vez, é de arrecadação menor do que o previsto.

Para isso, é necessário esforço conjunto de todos os secretários para amenizar o impacto dos reajustes nas pastas.”
Ele reitera se tratar de uma alternativa encontrada pelo governo para atender as reivindicações dos servidores contrários aos 6,8% propostos no início de março.

Avisa que um estudo de impacto será realizado nos próximos dias para saber, com exatidão, quanto cada secretaria precisará se comprometer a economizar para garantir o fechamento das contas em 2016.
“São despesas fixas que não podemos deixar de cumprir. Por isso é preciso bastante responsabilidade neste momento”, reitera o secretário.

A previsão é que uma nova proposta seja encaminhada até a próxima terça-feira, quando ocorre a sessão plenária da câmara. Os reajustes precisam valer a partir de março.

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