Granja substitui frangos por ovos férteis

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Granja substitui frangos por ovos férteis

Troca proporciona aumento na renda familiar e auxilia no processo de sucessão

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Granja substitui frangos por ovos férteis

A baixa remuneração com frangos de corte fez a família Pott, de Linha 31 de Outubro, migrar para a criação de matrizes de postura de ovos férteis faz 14 anos.

Conforme um dos proprietários e sucessores, Fernando, 31, a atividade demanda mais mão de obra, porém, é mais lucratividade.

Além dele, os dois irmãos, o pai, a cunhada e um empregado auxiliam nos trabalhos diários na granja. São três aviários em funcionamento com 21 mil galinhas e três mil galos alojados. Há algumas semanas, iniciaram as obras de terraplenagem de uma nova estrutura com capacidade para dez mil aves. “Começamos a produzir em junho.”. Serão investidos R$ 400 mil.

Integrado da Cooperativa Languiru, de Teutônia, Pott ressalta como diferencial a orientação técnica, boa remuneração em reconhecimento à qualidade do produto e o cuidado com a sanidade.  A produção diária varia entre 12 mil e 17,5 mil ovos, dependendo do ciclo produtivo das aves, as quais ficam alojadas durante 11 meses. O produtor recebe em média R$ 100 pela caixa com mil ovos. O valor é considerado satisfatório.

Entre as dificuldades, Pott destaca a contratação de funcionários dispostos a trabalhar aos fins de semana. “O recolhimento precisa ser feito seis vezes ao dia, inclusive aos sábados e domingos. Poucos se dispõem a esse regime de trabalho.”

Tecnologia reduz trabalho braçal

Para otimizar a mão de obra e reduzir as perdas, Pott aposta em tecnologia. Na granja, uma das mudanças em andamento é a automatização dos processos, inclusive do recolhimento dos ovos. Os ninhos manuais serão substituídos por automáticos com esteiras para coleta. Outras vantagens são o menor contato da galinha com o ovo, mais higiene nos galpões e agilidade no trabalho. Após a postura, o ovo cai na esteira e segue para a sala de classificação e embandejamento.

Participação  na economia

Segundo dados da Secretaria de Agricultura, o setor primário é responsável por mais de 70% dos recursos gerados no município. A criação de aves é a segunda com maior participação, com 36%. Fica atrás da produção de suínos, com 46%, e é seguida do gado leiteiro, com 6%, e de corte, 2%.

Agricultura em números

Aves: 725 mil cabeças ano – 40 produtores
Galinhas poedeiras: 53 mil cabeças/ano (1.426.968 dúzias/ano) – três produtores
Suínos: 45 mil animais alojados – 60 produtores
Leite: mais de 7 milhões de litros ao ano – 130 produtores

Dados referentes a 2014

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