Assaltos reabrem discussão sobre câmeras

Mato Leitão

Assaltos reabrem discussão sobre câmeras

Ocorrências no interior e área central chamam atenção de órgãos de segurança e ACI

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Assaltos reabrem discussão sobre câmeras

O crescente número de assaltos a casas e comércios do município motivou reunião entre Executivo, órgãos de segurança pública e Associação Comercial e Industrial (ACI) no dia 13. No encontro, a necessidade de ter câmeras de videomonitoramento públicas em operação voltou a ser ressaltada. A medida ganha força com o projeto para instalação de fibra óptica entre os postos de saúde de Vila Santo Antônio e do centro.

Até o início desta semana, foram registradas pelo menos seis ocorrências no município. Três envolveram residências do interior, além de um balneário, um posto de combustíveis e uma padaria. O volume é considerado incomum pelo soldado da Brigada Militar (BM), Nícolas da Silva. “Não é normal para o município e a presença de câmeras ajudaria a inibir e na identificação.”

Para cobrir os acessos à área central, quatro pontos receberiam câmeras. Elas seriam posicionadas próximo ao trevo da igreja evangélica, além da empresa Calçados Beira Rio, Seubv e da Igreja Matriz. A escolha levou em conta os locais estratégicos indicados em um projeto regional de 2013. Na época, o trabalho foi encaminhado pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Taquari (Consisa) e alcançava 37 cidades. A iniciativa ainda depende de recursos para atingir a abrangência regional.

Segundo o vice-prefeito Sérgio Machado, a proposta para colocação de fibra óptica deve levar um mês para ser finalizada. O custeio será feito pelo Executivo e beneficiaria o uso de internet nas repartições públicas existentes no trecho.

O sistema ainda depende da liberação para uso de postes da Aes Sul. Cerca de seis, feitos de madeira, devem ser substituídos por modelos mais resistentes para receber os novos cabos. A aquisição dos equipamentos deve ser feita por uma parceria entre empresas do município.

Comércio receoso

A situação faz lojistas redobrarem a atenção durante o horário comercial. De acordo com a presidente da ACI de Mato Leitão, Marlise Hinterholz, a implantação do sistema é uma necessidade para a categoria e deve aumentar a sensação de segurança. Um dos empecilhos para o andamento da proposta, afirma, são os custos do equipamento.

Segundo ela, o perfil do comércio local aponta que a maioria dos 43 sócios é de pequenos empresários.
Há 12 anos no município, afirma ter percebido um crescimento dos ataques ao comércio nos últimos cinco anos. De acordo com Marlise, nem mesmo a implantação de sistemas de monitoramento particulares evita novos casos. “Nós nunca estamos totalmente preparados para a criminalidade como está. Só conseguiremos reduzir se todos colaborarem.”

Na avaliação da presidente, a escolha dos pontos de maior circulação para o posicionamento das câmeras é uma medida acertada, mas é preciso a conscientização. De acordo com ela, orientações estão sendo repassadas aos comerciantes para evitar novos casos. Entre elas, o investimento para facilitar o uso de cartão e diminuir a circulação de dinheiro, além da importância de repassar informações sobre atitudes, pessoas ou veículos suspeitos à BM.

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