Polícia indicia filho do prefeito César Marmitt

Cruzeiro do Sul

Polícia indicia filho do prefeito César Marmitt

MP deve denunciar André por falsidade ideológica

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O filho do prefeito César Leandro Marmitt, André Luís Marmitt, foi indiciado pela Polícia Civil pelo crime de falsidade ideológica. Segundo investigação coordenada pelo delegado Ciríaco Caetano Filho, o jovem teria emitido certidão falsa para se beneficiar em concurso público para agente de saúde, no qual foi aprovado em primeiro lugar. A pena varia de três meses a dois anos de detenção.

A investigação foi concluída na semana passada e entregue ao Ministério Público (MP). Nos próximos dias, a promotoria deve oferecer denúncia contra André. De acordo com as apurações, o filho do prefeito declarou em certidão que residia com a avó em Bom Fim, zona de abrangência do agente de saúde. Para concorrer à vaga, o edital exigia morar na área de atuação.

Depois de receber tal informação, a promotoria fez diligências na cidade para verificar o real domicílio do jovem. A partir de indícios da irregularidade, foi determinada a abertura do inquérito policial para ouvir testemunhas. Pelo menos dez pessoas foram ouvidas e ficou comprovado que André mora com o pai na rua Barão do Cotegipe, no bairro Vila Italiana.

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O concurso público ocorreu em 9 de maio. Como agente comunitário de saúde de Bom Fim, o jovem receberia salário de R$ 878,28 para 40 horas semanais. A avó de André não foi indiciada pela polícia, pois apenas teria assinado a documentação preparada pelo jovem.

Sem relação

O prefeito Marmitt não corre riscos, a princípio, de punição, pois as investigações não incluem o gestor na elaboração do atestado de domicílio entregue à empresa prestadora do concurso. “Nada relaciona o prefeito ou o município”, aponta o procurador jurídico da prefeitura, Fábio Gisch.

No início das investigações, Gisch verificava junto à delegacia se havia indícios de irregularidades capazes de provocar a abertura de uma sindicância interna. Contudo, como o município não teve acesso às provas durante o inquérito, o processo parou. “Agora solicitamos cópia integral do documento e, em cima disso, a comissão vai avaliar.”

Gisch rechaça qualquer punição ao prefeito. “Até porque o concurso público é realizado por uma empresa terceirizada. É ela que faz tudo, inclusive analisa a documentação. O prefeito apenas homologa o resultado.”

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