Hospital comunitário será reestruturado

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Hospital comunitário será reestruturado

Instituição amplia prédio e deve reabrir bloco hospitalar, fechado há duas décadas

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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Santa Clara do Sul – A administração do Hospital Comunitário Santa Clara planeja reestruturar a instituição e recuperar a credibilidade. O projeto técnico das mudanças é elaborado e deve custar cerca de R$ 60 mil. Entre as propostas, estão reformar e ampliar o bloco hospitalar.

As atividades da casa de saúde estão limitadas a internações de pacientes em dez quartos – improvisados na ala geriátrica. O espaço que deveria ser destinado aos atendimentos clínicos, no primeiro dos dois pavimentos, está em situação precária e não pode funcionar, relata o administrador Belchior Douglas Birkheuer.

O prédio foi construído em 1928 e não atende as exigências da vigilância. Na época, os moradores consideravam o projeto visionário, pois previa uma estrutura além da necessária. A partir de então, o hospital recebeu pequenas reformas. De acordo com Birkheuer, desde a largura de portas até a dimensão dos quartos precisam mudar.

O atual bloco hospitalar tem seis quartos. Para o administrador, o espaço pode ser suficiente para o momento, mas ficará pequeno. A ideia é oferecer pelo menos entre 20 e 30 espaços. “Nossa proposta pode parecer exagerada para alguns, mas queremos voltar à ativa e planejar as próximas décadas.”

Para o administrador, não basta apenas ampliar. É preciso se diferenciar para atender às exigências, como de planos de saúde. No passado, a entidade era referência. As pessoas ficaram desacreditadas, relata Birkheuer. É necessário que as famílias tenham seu hospital como referência, não o de outras cidades.

As propostas foram encaminhadas a escritórios de arquitetura para avaliar o custo do projeto técnico e da obra. Pela expectativa, essa etapa deve custar entre R$ 60 mil. Para pagar o investimento, a entidade depende de verbas. Diversos pedidos por dinheiro serão encaminhados. “Onde tiver recurso, buscaremos.”

Uma das alternativas é por meio da Participação Popular Cidadã (PPC). As áreas que necessitam de recursos foram discutidas na reunião entre o Conselho Municipal de Desenvolvimento (Comude), nessa terça-feira.

Fim da espera por leitos

Com a instituição reestruturada, as filas no Hospital Bruno Born (HBB), de Lajeado, e no Hospital Estrela devem ser reduzidas, destaca Birkheuer. De acordo com ele, quanto mais pessoas forem atendidas pelo hospital, maior será a quantidade de verba repassada à instituição.

Para ele, os pequenos hospitais têm condições de prestar serviços de referência. Encantado, por exemplo, tem um centro oftalmológico. Com toda sua estrutura, ressalta Birkheuer, poderia se especializar nisso. Em Santa Clara do Sul, a situação é semelhante com a área de geriatria.

Especialização na saúde municipal

Para o prefeito Fabiano Rogério Immich, o hospital precisa se especializar numa área a que mais combine com as demandas locais. Não há previsão orçamentária para apoiar o projeto neste ano, mas o prefeito garante o auxílio à entidade. O município coloca sua equipe à disposição para ajudar e planejar as necessidades.

De acordo com Immich, os hospitais maiores estão abarrotados, e estruturas menores precisam ser planejadas na região. De acordo com ele, Santa Clara do Sul tem a vantagem de estar próxima de municípios em ascensão como Forquetinha e Mato Leitão.

Atuais condições

O hospital é dividido em dois pavimentos. No primeiro, funciona laboratório, farmácia e consultas médicas. No segundo piso, situam-se dez vagas para internações clínicas adultas – pneumonia, diabete, insuficiência respiratória – e a clínica geriátrica com 25 idosos. Atendem um médico e dois técnicos de enfermagem para cada turno e o enfermeiro responsável.

O hospital foi fundado em 1948. Em 1950, as irmãs da Congregação da Divina Providência chegaram ao município para dirigir a entidade, que antes pertencia ao médico Carlos Schnorr.

Em 1991, as irmãs não tinham mais interesse em manter a instituição. Idealizador da compra foi Mario Piaccini que, em conjunto com a comunidade, assumiu o compromisso. Foram 36 colaboradores. Foram feitas rifas e outras campanhas para manter o bloco cirúrgico.

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