Pelo menos, 40 mil associados da Certel estão sem o fornecimento de energia elétrica no Vale do Taquari. O cenário é devastador. O vice-presidente da Certel, Daniel Luis Sechi e o coordenador de manutenção e operação da empresa, Simão Pedro Diehl falam sobre os desafios enfrentados na tentativa de restabelecer os serviços após mais uma enchente.
Conforme Simão, desde o início, a cooperativa enfrenta uma série de desafios significativos, inclusive, uma possível negociação com a RGE para emprestar uma conexão provisória, mas mesma emprestada em setembro do ano passado. “Ontem, conseguimos atravessar o rio com um drone até Costão, onde identificamos um cabo rompido. Hoje, confirmamos a perda de estrutura no rio. Estamos em negociação intensa com a RGE desde ontem e durante toda a madrugada para tentar estabelecer uma conexão provisória, que seria nossa solução imediata”.
Ele complementa que, caso seja possível essa conexão provisória, pelo menos 20 mil associados voltariam a ter o serviço imediatamente. No entanto, a RGE também enfrenta dificuldades em sua linha de transmissão. “A primeira opção seria restabelecer a conexão com a linha da RGE, o que poderia ser feito em cerca de três horas se eles nos permitissem. A segunda opção envolve o restabelecimento pelo lado do rio, o que estimamos levar até um dia e meio após o nível do rio baixar. Para isso, o rio teria que baixar pelo menos 8 metros da cota atual”.
Com o nível do rio baixando, haverá uma noção mais clara do tamanho do estrago e por onde começar. “Também estamos coordenando um plano de contingência com outras cooperativas para nos auxiliar nesse processo”.
Ainda, a Certel está com as estruturas das subestações de Forquetinha e Canudos do Vale danificadas, o que complica ainda mais a situação. “Restabelecendo a linha de transmissão, poderemos energizar a subestação de Lajeado e, assim, fornecer energia para pelo menos 15 mil associados”.
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