Créditos: Misael Kotz
A temporada do pinhão começou no mês passado, quando passou a ser permitida, por lei, a colheita e venda do produto. Ao natural há uma alternância no volume de produção das pinhas de um ano para outro, mas os fatores climáticos também interferem. Com a sequência de quatro anos com chuva abaixo da média, o cenário se tornou desfavorável à cultura.
Prova disso, é a menor disponibilidade da semente no mercado. Dados iniciais da Emater/RS-Ascar indicam perdas de 10% a 30% em relação ao ano passado. Com menor oferta, há impactos no preço. O quilo é vendido em média a R$ 4. Pelo menos 27% a mais em relação ao praticado em 2022. Na região, ainda que nã
o seja uma das principais atividades econômicas, gera renda extra para famílias nos municípios da região alta do Vale. É o caso do produtor rural Axcel Piffer, 27, de Progresso.
Ele já começou a colheita e prevê vender cerca de 500 quilos. Segundo ele, apesar do tamanho reduzido das pinhas, a qualidade está muito boa. Além do consumo humano, o pinhão serve de alimento para animais terrestres e pássaros. Por conta disso, existe portaria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e lei estadual que impedem a colheita e venda antes de abril.
Crédito: Misael Kotz
Futuro das commodities
As cotações dos grãos despencaram. Em alguns casos os preços caíram pela metade em relação ao praticado no ano passado. No norte do estado, cooperativas chegam a praticar R$ 58 na saca de milho, R$ 124 na soja e R$ 68 no trigo. Cenário esse que desafia os produtores. Além da desvalorização, amargam uma safra com custos altos. Conforme o diretor da Brasoja, Antônio Sartori, em entrevista à Rádio A Hora 102.9, essa oscilação de preços, primeiro com a disparada e agora, a queda, é reflexo da desinformação sobre o mercado.
Ele reitera que nunca houve a escassez global de fertilizantes, prova disso, a redução de preços. Apesar dessa situação, considera que as perspectivas são boas por conta da demanda mundial por alimentos, que deve crescer 30% nas próximas três décadas. Já para os preços em curto prazo, especialistas da área não acreditam em recuperação a níveis de 2022.
divulgação
Alerta de chuva intensa
Modelos meteorológicos indicam elevado volume de chuva para hoje e o fim de semana. No Vale do Taquari, a média prevista supera os 50 mm. Somado ao já registrado nos últimos dias, algumas cidades podem ter mais de 100 mm. Condição é favorável para a recuperação de níveis de açudes, córregos e arroios.
Além disso, também importante para o desenvolvimento das lavouras de milho. Já para a próxima semana, a tendência que a partir de terça-feira o sol volta a predominar, o que é importante também para o avanço da colheita de soja. A estimativa para o Vale do Taquari é que cerca de 20% dos grãos ainda estejam nas lavouras.
Estado oferece desconto de 80% em multas
O governo do estado apresentou esta semana um programa que prevê o desconto de até 80% em multas no segmento de defesa sanitária animal. Entre as infrações que podem ser negociadas, estão as de não cadastro de propriedades e criação de animais, bem como a não comprovação de vacinas, deixar de prestar informações obrigatórias ao Serviço Veterinário Oficial, transitar com animais sem a documentação necessária, entre outras penalizações. A adesão ao programa pode ser feita até 1º de junho.
