Faltaram propostas para o agronegócio

Opinião

Felipe Neitzke

Felipe Neitzke

Coluna aborda os destaques relacionados ao agronegócio

Faltaram propostas para o agronegócio

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Atualizado sexta-feira,
02 de Setembro de 2022 às 08:38

Crédito: Filipe Faleiro/Arquivo

Os sete candidatos ao governo do estado que participaram ontem do debate promovido pelos grupos A Hora e Folha do Mate demonstraram conhecimento sobre a região e seus anseios. Aliás, os Vales do Taquari e Rio Pardo têm no agronegócio a força econômica e, ao mesmo tempo, vários desafios.

Hoje, muito do desenvolvimento e da pujança se deve aos investimentos das cooperativas, empresas integradoras e por capacidade própria dos produtores.

Por outro lado, faltaram dos postulantes mais propostas efetivas para enfrentar as mudanças climáticas nas lavouras, combater o êxodo rural e incentivar a industrialização dos grãos produzidos aqui. Nesse sentido, falo de alternativas para garantir água em tempos de seca, formação de mão de obra para o campo, incentivos à tecnologia, entre outras demandas para garantir a produção de alimentos e renda.


Queda no preço do leite desafia produtores

Por dois meses o litro do leite UHT registrou alta e chegou a custar quase R$ 9 nos supermercados. Nesse período os produtores também receberam uma compensação pela alta dos custos de produção. Agora, com a redução brusca de valores e o leite vendido por R$ 3,99 em estabelecimentos da região, o cenário desafia quem está no campo.

Entidades que representam os produtores rurais temem impacto ainda maior, diante do aumento no preço do milho previsto para outubro e queda no consumo do leite nos próximos meses. Se por um período as famílias que dependem dessa atividade vibraram por colocar as contas em dia, o novo cenário gera dúvidas de como será o futuro da cadeia produtiva do leite.


80% da produção gaúcha

O Vale do Taquari é a principal região produtora de noz-pecã do RS. Os dados foram apresentados durante o lançamento de cartilha produzida pelo Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural no Rio Grande do Sul (Senar-RS). O ato ocorreu esta semana durante a 45ª Expointer e celebra as conquistas do setor, entre elas, o início das exportações para países asiáticos. Ao todo, o RS colheu 4,6 mil toneladas na safra passada, sendo o Vale responsável por 80% desse volume.

Crédito: Divulgação


Novas entidades no setor do mel

Os integrantes da Associação dos Meliponicultores do Vale do Taquari (Amevat) participaram ontem da constituição de duas novas organizações voltadas ao setor. A solenidade marca a criação da Federação das Associações de Meliponicultores (Femers) e a Associação das Entidades de Meliponicultura (Abrem). A atividade ocorreu no auditório da Associação Gaúcha dos Professores e Técnicos do Ensino Agrícola, em Porto Alegre.


Mobilização em Brasília

O coordenador regional do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), do Vale do Taquari, Marcos Hinrichsen, participa em Brasília de agenda nos ministérios em defesa de projetos e negociações que envolvem o crédito agrícola. Entre as demandas, destravar liberação de valores para produtores atingidos pela estiagem além do desconto de 35,2% nos financiamentos de custeio e investimento para os contratos que vencem de agosto a dezembro.

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