Casa de Cultura comemora aniversário de 30 anos com programação especial

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Casa de Cultura comemora aniversário de 30 anos com programação especial

Atividades ocorrem nos dias 17 e 19 de agosto, com “Noite no Museu e Cinema ao ar livre”. Além de memoriais e biblioteca, local possui um acervo histórico com documentos de 1906, quando Encantado ainda era distrito de Lajeado

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Casa de Cultura comemora aniversário de 30 anos com programação especial
Prédio construído em 1954 abriga há três décadas o Patrimônio Histórico-Cultural do município. Crédito: Juliana Pisoni
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A Casa de Cultura Doutor Pedro José Lahude, símbolo da história e da arte no município, comemora neste sábado, 13, seus 30 anos de atividades. Considerado um atrativo turístico, o prédio localizado no Centro recebe durante os dias 17 e 19 de agosto, programação especial para celebrar a data.

Na quarta-feira, 17, às 19h30min, ocorre a “Noite no Museu”. Na oportunidade, será feito um tour guiado pelos espaços internos da casa, com o objetivo de mostrar para a comunidade as histórias ali preservadas. Logo após, terá apresentação da Orquestra Municipal, da Orquestra Jovem e do Coral AABB Vida e Canto. Para encerrar, será servido um coquetel de confraternização.

Já na sexta-feira, 19, ocorre o “Cinema ao ar livre”. A partir das 19h30min, terá apresentação da Orquestra Jovem. Em seguida, ocorre a exibição do filme documentário “De Roma a Putinga”, de Cleber Zerbielli e o filme curta-metragem “Fè Mye Talè”, de Henrique Lahude.

“Este evento celebra a nossa história. Faz três décadas que a administração passou a operar em um novo edifício e este espaço foi escolhido para fomentar nossa cultura. Nesta data, queremos relembrar essa história”, ressalta a secretária de Educação e Cultura, Stéfanie Casagrande.

Antes mesmo de receber a denominação de Casa de Cultura Doutor Pedro José Lahude, em homenagem ao homem público que dedicou grande parte da vida à educação e ao ensino, o local abrigava a antiga prefeitura.A construção do prédio iniciou no ano de 1954 na gestão de Jordano Sétimo Cé, sendo concluído um ano depois, em 1955, na gestão de Ernesto Lavratti Neto. Com a edificação do atual Centro Administrativo Municipal Adroaldo Conzatti, em 1992, a antiga prefeitura foi destinada ao Patrimônio Histórico-Cultural do município.

A lei de criação da Casa de Cultura é de 13 de agosto de 1992. Entretanto, o local foi inaugurado de forma oficial em 31 de março de 1993, dentro das comemorações do aniversário de Encantado. Hoje, o espaço abriga o Museu Municipal Gino Ferri, memoriais, acervos, galeria dos escritores encantadense e diversos arquivos documentais. São milhares de itens.

De acordo com o historiador, Marcos César Cadore, com a possibilidade de expandir os horários de visitação aos finais de semana e atrair mais turistas, o museu passa por reformas. “As obras são voltadas à acessibilidade, por isso, o museu está temporariamente fechado para visitas”, observa.

O local também é destinado à Escola de Música, que prepara profissionais à Orquestra e ao Coral Municipal, além de abrigar a Biblioteca Pública Luíza Fátima Kury Moesch, que disponibiliza para a comunidade mais de 24 mil exemplares.

Arquivos de 1906

Restaurar, catalogar e digitalizar. Este é o trabalho minucioso que o historiador Cadore desenvolve na Casa de Cultura, em um acervo de quase 230 livros. São cerca de 30 mil páginas que carregam informações do município. Em breve, estarão a disposição da população. “No primeiro momento, estou fazendo a higienização dos livros”, comenta.

Conforme Cadore, o primeiro documento é de maio de 1906, um termo assinado pelo secretário subintendente, Francisco Oscar Karnal, da época que Encantado pertencia a Lajeado. Os livros possuem correspondências internas e externas do Executivo, sendo que 60% tratam de informações contábeis.  “Até meados da década de 1940 tudo se concentrava no município, como as taxas de telefone, IPTU e IPVA. Era cobrado imposto até das bicicletas”, menciona.

A ideia de explorar o arquivo morto da prefeitura foi da coordenadora da Casa de Cultura, Roberta Pretto. Segundo ela, havia uma lacuna enorme de tempo entre os arquivos até então documentados. “Encontramos mais de 300 quilos de informações históricas”, diz.

Após o restauro e a digitalização, os documentos farão parte de um acervo municipal para fins de pesquisa de qualquer gênero.

“Todo povo precisa ter o seu passado preservado. É importante que as pessoas busquem conhecer mais sobre a localidade em que vivem, pois a cultura é essencial para a construção de uma identidade”, conclui.


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