Aumento da alíquota do ICMS e os gastos públicos

Opinião

Fabiano Conte

Fabiano Conte

Jornalista e Radialista

Aumento da alíquota do ICMS e os gastos públicos

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O embate entre o governo liderado por Eduardo Leite e as entidades empresariais gaúchas deixa os deputados estaduais numa encruzilhada. A proposta em questão: elevar a alíquota do ICMS para 19%, uma medida defendida pelo governo como essencial para tapar os rombos nas contas públicas.

De um lado do ringue, o governo argumenta que o aumento é uma necessidade diante das dificuldades financeiras do estado. Por outro, as entidades empresariais alertam para o possível impacto negativo nos custos dos produtos e serviços, o que poderia afetar a competitividade das empresas locais.

No entanto, entre as vozes que ecoam nesse debate, há um ponto que clama por atenção: as contas públicas. Enquanto o embate se desenrola, pouca discussão é direcionada para o cerne do problema: o desequilíbrio entre gastos e arrecadação, as regalias excessivas no aparato estatal, os salários elevados e os benefícios generosos dos CCs.

Embora o atual governo tenha avançado consideravelmente, muitos argumentam que ainda há um longo caminho a percorrer. O desafio reside em encontrar um meio-termo que não apenas satisfaça as demandas imediatas de arrecadação, mas também promova uma gestão mais eficiente e transparente dos recursos públicos.

Contradições no combate à dengue

Controvérsia nas medidas adotadas pelo Ministério da Saúde no combate à dengue. O órgão divulgou dados indicando que mais de 80% dos casos da doença ocorrem em pessoas com mais de 30 anos.

No entanto, as orientações para a vacinação concentram-se no público de 10 a 14 anos, que representa apenas 6,2% dos casos registrados. Não é de hoje que o Ministério da Saúde é clamado por uma revisão urgente nas políticas públicas de saúde relacionadas à dengue, a fim de garantir uma abordagem mais eficiente no combate a essa enfermidade que continua a assolar diversas regiões do país. Mas não muda.

Dedicação à leitura

Uma declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sugerindo que o ministro Fernando Haddad deveria dedicar mais tempo aos políticos do que aos livros, provocou críticas sobre o papel da leitura na sociedade. A declaração de Lula parece desvalorizar a educação e o enriquecimento intelectuais proporcionadas pela leitura, colocando em xeque a postura dos líderes políticos em relação ao investimento na cultura e na formação educacional.

Lula pode e deve cobrar ações políticas de seus ministros, mas nunca fazer comparações assim. Precisamos reacender o debate sobre a priorização da educação no Brasil e a necessidade de se promover uma cultura de leitura desde as mais altas esferas do poder político até a base da sociedade, como uma ferramenta essencial para o desenvolvimento humano e social.

Festas do interior

Algumas festas tradicionais resistem ao tempo mantendo viva a essência das comunidades locais e reunindo gerações em celebrações. É o caso emblemático da “Festa da Bergamota”, em Bela Vista do Fão, e da “Festa da Laranja”, em Vasco Bandeira, ambas comunidades de Marques de Souza. Da mesma forma, a “Festa do Frango”, em Xaxim e a “Festa de Nossa Senhora do Caravaggio”, em Batovira, distritos que pertencem a Progresso, mantêm a chama da tradição acesa, mobilizando tanto os atuais quanto os antigos moradores em torno de momentos de convívio e celebração. Estas festas não são apenas eventos pontuais, mas sim pilares de identidade comunitária, fortalecendo os laços entre os habitantes.

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