Os passeios de trem pela Ferrovia do Trigo já se consolidaram como um produto turístico do Vale do Taquari. Mas é preciso mais para ampliar o leque de empreendedores direta ou indiretamente beneficiados com o Trem dos Vales e o Trem da Imigração. Para tal, o governo estadual precisa abraçar o projeto e incorporá-lo ao seu próprio trade turístico divulgado pelo Brasil e mundo afora. E não faltam razões para convencer o estado. Desde 2019, foram mais de 110 mil passageiros divididos em 210 passeios. No total, foram 105 dias em funcionamento – o que representa 525 horas de passeios acumuladas –, com 9.660 quilômetros rodados no trilhos entre Colinas e Guaporé, transportando uma média de 36 funcionários a cada edição e 534 passageiros por passeio. E mais do que isso. Só com a venda de bilhetes, o empreendimento incrementou R$ 8 milhões na economia regional em 2022, mais R$ 10 milhões em 2023, e projeta outros R$ 15 milhões em 2024.
Ou seja, o projeto turístico sobre os trilhos da Ferrovia do Trigo devem incrementar mais de R$ 30 milhões em três anos. E só com a venda dos bilhetes, reforço. Neste cálculo, por exemplo, não constam os lucros e oportunidades proporcionadas aos hotéis, restaurantes, pousadas, postos de combustíveis, padarias, comércio em geral, e tantos outros setores da nossa economia regional. E mais. Os lucros e as oportunidades não ficam restritas ao Vale do Taquari. De acordo com estudos da Amturvales e dos representantes do projeto Trem dos Vales, cerca de 70% dos bilhetes foram comercializados por 214 agências de turismo. Entre essas, 19 estão localizadas em nossa região, 195 em outras cidades gaúchas, além de 17 agências de Santa Catarina e duas do Paraná. É um produto estadual e, também, nacional. Portanto, é preciso sim um olhar mais atento do Estado.
Por um Vale Cervejeiro
Presidente e Secretária Executiva da Amturvales, Charles Rossner e Vanessa Spindler visitaram os representantes da Cooperativa Cervejeira do Vale do Taquari (Cooperbeer) – a terceira em todo o Brasil –, Joner Kern e Aldir de Bona. Em pauta, estratégias para consolidar o Vale do Taquari como um polo turístico cervejeiro e transformar a marca em oportunidades de negócios. É um movimento necessário diante da franca expansão do mercado em solo gaúcho e nacional, e que já possui dezenas de bons e lucrativos exemplos aqui mesmo no Vale.
Prejuízo de R$ 10 mil por ano
Um grupo de trabalho regional formado para subsidiar o Estado com informações sobre as rodovias estaduais do Vale do Taquari projeta novos estudos para reivindicar o free flow. Além de outras ações, eles querem medir o Volume Diário Médio (VDM) de veículos que passam por determinados trechos e pontos das estradas a serem pedagiadas. Com as informações, será possível calcular o valor da tarifa de acordo com o movimento e os custos das obras sugeridas. O mesmo grupo apresenta uma estimativa de prejuízos para quem enfrenta diariamente a tranqueira entre Arroio do Meio e Lajeado, especialmente. Segundo os voluntários, o valor perdido só em combustível por uma pessoa que se desloca todos os dias entre as cidades – duas vezes ida e volta – e fica parada no trânsito pode chegar a R$ 10 mil por ano, consumindo em média 26 dias do seu precioso tempo.
TIRO CURTO
- Durante a reunião-almoço da Cacis de Estrela, na sexta-feira, o presidente Claus Wallauer reforçou o “apartidarismo” da entidade e salientou o papel de lutar pelas pautas locais, independente de partido ou agente político.
- Ainda sobre a reunião-almoço da Cacis de Estrela, o prefeito Elmar Schneider (MDB) não perdeu a chance de falar e aproveitou para informar sobre os movimentos junto ao aeródromo e as perspectivas ao setor empresarial. Presente no local, o também pré-candidato a prefeito e vereador João Braun (PP) ficou visivelmente incomodado com a janela angariada pelo gestor municipal.
- Em tempo, Schneider confirmou reunião com ministros na próxima semana para tratar da ampliação e pavimentação da pista do aeródromo. Além disso, também anunciou um projeto de lei a ser encaminhado aos vereadores nos próximos dias para avalizar eventuais investimentos.
- Em Imigrante, o ex-prefeito Celso Kaplan (PP) avalia estratégias para formatar a chapa na majoritária. E, entre alguns nomes citados nos bastidores, destaque à ex-Secretária de Educação, Edi Fassini, e Luís Demari, que concorreu – e perdeu – a prefeito da cidade em 2020.
- A Amvat realiza encontro de prefeitos no dia 26 de abril, durante as festividades da Feira Municipal de Pouso Novo. Também haverá programação especial com as primeiras-damas.
- O Sindicato dos Empregados no Comércio de Lajeado realiza a 20ª Festa dos Comerciários no dia 1º de maio. O evento ocorre no Parque do Imigrante a partir das 10h.
- Também em Lajeado, o vereador e pré-candidato a prefeito Sérgio Kniphoff (PT) solicita envio de ofício ao presidente da câmara “solicitando que informe com antecedência o dia, horário e local onde serão realizadas as pesquisas de satisfação nos postos de saúde”.
- Outro vereador e pré-candidato a prefeito em Lajeado, Carlos Ranzi (MDB) tem utilizado parte do tempo para realizar campanha indireta para pré-candidatos a vereador nas redes sociais. E é preciso lembrar que não é a primeira vez. No pleito de 2020, por exemplo, o emedebista também auxiliou novos postulantes e teve participação decisiva nas vitórias de Ana da Apama e Vavá, por exemplo.
- Confirmada pelo PP como pré-candidata a prefeita, Gláucia Schumacher está mais ativa nas redes sociais e parece ter incorporado de vez a condição de postulante ao cargo máximo da prefeitura de Lajeado. Além disso, tem participado com maior protagonismo de alguns eventos públicos.
- É tempo de especulações, claro. E diante das incertezas sobre as estratégias do MDB em Encantado, há quem aposte que o partido vai querer indicar um candidato a vice-prefeito em uma eventual coligação. Resta saber com qual partido o MDB aceitaria tal parceria. Aguardemos!