Março Azul: um alerta para o câncer colorretal

Produzido por Estúdio A

Março Azul: um alerta para o câncer colorretal

Diagnóstico precoce pode representar 90% de chances de sucesso no tratamento da doença

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Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a incidência de câncer deve aumentar em 63% nos próximos 20 anos, sendo 1,9 milhão de novos casos de câncer colorretal. No Brasil, a doença atinge mais de 40 mil pessoas por ano e, com o envelhecimento da população, estima-se que as mortes cresçam até 2025. Hoje, o câncer no cólon e reto é o terceiro que mais mata, atrás somente dos tumores de mama (em mulheres) e de pulmão (em homens). Por isso, a importância da campanha Março Azul, que chama atenção para a necessidade de associar hábitos de vida saudáveis a uma rotina de consultas e exames periódicos.

Segundo o médico especialista e membro da Sociedade Brasileira de Proctologia, Gustavo Born, de Lajeado, o principal objetivo da iniciativa é esclarecer a população sobre atitudes que podem mudar os números negativos do câncer colorretal. “É muito preocupante o fato de que, hoje, 85% dos casos da doença sejam diagnosticados em fase avançada, quando a chance de cura é menor. O que a população precisa saber é que o diagnóstico precoce pode representar 90% de chances de sucesso no tratamento. Ou seja, o câncer de colorretal tem cura”, enfatiza.

Colonoscopia

Born alerta que a prevenção é primordial, pois os sintomas costumam aparecer quando a doença já está avançada. “O indicado é que a investigação inicie a partir dos 45 anos.” A colonoscopia é o principal exame para o rastreamento de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. “Esses pólipos podem se transformar em câncer. Por isso, a importância de identificá-los cedo, antes que isso aconteça. A colonoscopia é realizada com anestesia geral leve e dura entre 20 e 30 minutos”, esclarece o especialista. O ideal é repetir o procedimento a cada cinco anos.

O que pode provocar o câncer colorretal?

– Idade (mais comum a partir dos 50 anos);

– Histórico pessoal ou familiar de pólipos (lesões benignas no intestino grosso;

– Histórico pessoal de doença inflamatória intestinal (Doença de Crohn, por exemplo);

– Diabetes tipo 2;

Quais os principais sintomas?

– Sangue nas fezes;

– Dor e cólica abdominal com mais de 30 dias de duração;

– Alteração no ritmo intestinal (diarreia ou constipação);

– Emagrecimento rápido, sem causa conhecida;

– Anemia, cansaço e fraqueza.

Como cuidar da saúde do intestino 

– Pratique atividades físicas, no mínimo, 30 minutos por dia;

– Não fume e evite bebidas alcoólicas;

– Beba, pelo menos, dois litros de água por dia;

– Tenha uma alimentação variada e rica em frutas, verduras e legumes;

– Opte por cereais integrais, como arroz, aveia, cevada, trigos, entre outros;

– Reduza o consumo de carnes vermelhas (máximo 500 gramas por semana);

– Evite carnes salgadas e processadas, como embutidos e defumados;

– Mantenha o peso adequado a sua altura;

– Faça rastreamento se tiver 45 anos ou mais. Se tiver caso na família, antecipe.

– No Brasil, a doença atinge mais de 40 mil pessoas por ano e, com o envelhecimento da população, estima-se que as mortes cresçam até 2025.

– 85% dos casos da doença são diagnosticados em fase avançada, quando a chance de cura é menor.

– É o terceiro câncer que mais mata no país: perde apenas para o de mama, nas mulheres, e o de pulmão, nos homens.

– Mais comum em pessoal com mais de 45 anos ou que tenham casos na família.