Vereadores rejeitam compra de terreno ao lado de parque

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Vereadores rejeitam compra de terreno ao lado de parque

Impacto do coronavírus nas finanças públicas foi a justificativa de opositores para reprovar investimento em área de terras

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Vereadores rejeitam compra de terreno ao lado de parque
Parque João Batista Marchese sedia eventos como Canto da Lagoa e Suinofest. Créditos: Arquivo A Hora
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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Sete vereadores votaram contra a compra de um terreno de 42 mil metros quadrados ao lado do Parque João Batista Marchese. O projeto foi reprovado na sessão de segunda-feira, 4, após tramitar na casa legislativa por quase três meses.

Os contrários foram: Andresa de Souza (MDB), Celso Cauduro (MDB), Cláudio Roberto da Silva (MDB), Sander Bertozzi (PP), Valdecir Cardoso (PP), Moacir Tramontini (PTB) e Luciano Moresco (PT).

De forma geral, os edis justificaram contrariedade em função dos impactos do coronavírus nas finanças públicas de Encantado. Para os vereadores, o investimento de R$ 2,9 milhões na compra da área e terras pode gerar dificuldades futuras, caso a pandemia avance.
“Lá no começo eu era favorável, mas acho agora que o momento não é para isso”, argumentou Andresa. Por sua vez, Moresco classificou a negativa como um “voto de cautela” e sugeriu ao Executivo adquirir apenas parte do terreno com recursos disponíveis no momento.

Mais crítico, Sander questionou a colocação do projeto em pauta no último ano de mandato. “Se fosse aprovado dois anos atrás, já poderia estar pago agora”, alegou. Presidente do Legislativo, Diego Pretto não votou, mas também afirmou ser contra o investimento em meio à pandemia
Saúde financeira
Vereadores favoráveis à proposta defenderam a situação financeira favorável para a compra da área de terras.
Para Marino Deves (PP), o município demonstrou no estudo de impacto financeiro garantias para o investimento. “Meu voto é de confiança no prefeito que diz que terá condições de pagar”, ressaltou. Deves também citou necessidade de um parque que represente a “pujança de Encantado”.

Pensar no futuro foi o argumento de Jaqueline Taborda. Para ela, mesmo com a pandemia, o Executivo não pode cessar investimentos que garantirão retorno ao município. “Os eventos realizados no parque movimentam a nossa economia”, reforçou. Também foi favorável à proposta o vereador Valdecir Gonzatti (MDB).

Saiba mais

A compra da área de terras da família Zuchetti seria feita com entrada de R$ 750 mil do Executivo, valores oriundos da alienação de bens e economia de recursos próprios. Os mais de R$ 2 milhões restantes seriam pagos em 35 parcelas de aproximadamente R$ 60 mil.

Na justificativa ao projeto, o prefeito Adroaldo Conzati argumentava que a área de terras possibilitaria a ampliação do estacionamento do parque, arborização, projetos futuros ou até negociações com empreendedores particulares.

Com a reprovação, o mesmo projeto não poderá ser encaminhado à câmara nesta legislatura. Entretanto o governo pode criar outra proposta com alterações. Conforme a assessoria de imprensa, o Executivo ainda analisa os próximos passo.

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