Operação combate furto e receptação de fios de cobre

Vale do Taquari

Operação combate furto e receptação de fios de cobre

Investigação da PC apreende mais de 80 quilos de cobre. Em Lajeado e Cruzeiro do Sul, pelo menos 7 mil metros de cabos foram furtados neste ano

Por

Operação combate furto e receptação de fios de cobre
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Operação conduzida pela Delegacia de Polícia de Repressão a Crimes contra o Patrimônio de Serviços Delegados (DRCP) da Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) cumpriu ontem 11 mandados de busca e apreensão em Lajeado e Cruzeiro do Sul.
A operação faz parte de uma investigação estadual que combate o furto e a receptação de cabos e fios de cobre. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Luciano Peringer, em Lajeado e Cruzeiro do Sul foram furtados mais de 7 mil metros de cabos e fios de cobre neste ano.
A maioria dos materiais, conta, foi retirada das margens das rodovias BR-386, RSC-453 e da ERS-130. Um total de 40 policiais de Porto Alegre e da Delegacia Regional participaram da força tarefa. Além da apreensão de fios e cabos, uma pessoa foi presa.
De acordo com o delegado, após a retirada dos cabos, os itens são queimados para a retirada do cobre. Na sequência são encaminhados para empresas de processamento. “Observamos que na região do Vale do Taquari houve um crescimento neste tipo de crime. O curioso é a extensão dos cabos furtados. Enquanto na Região Metropolitana a metragem é de poucos metros, aqui se retiram de 50 a 100 metros em uma ocasião.”
A pena para o furto varia de um até três anos. Já a receptação do cobre, por ocasionar a interrupção de serviços básicos para a sociedade, a punição mínima é de três anos de prisão, podendo chegar a oito anos.

Cobre trocado por droga

Segundo o delegado Peringer, é comum que o criminoso que furta e também receptadores sejam dependentes químicos. “Os ladrões trocam o cobre por drogas. E o traficante ganha duas vezes. Paga menos pelos fios e depois revende pelo preço de mercado.”
Segundo ele, o preço do quilo do cobre em Porto Alegre supera os R$ 20. “Se trata de um metal valorizado no mercado. Por isso há um incremento nesse tipo de delito.” Os prejuízos, alerta, interferem em toda a sociedade. “Perde-se a conexão com a telefonia e com a internet. O comércio é prejudicado, a prestação de saúde, o contato com a segurança pública. Todos setores básicos da sociedade.”
 

FILIPE FALEIRO – filipe@jornalahora.inf.br

Acompanhe
nossas
redes sociais