Barato sai caro

Editorial

Barato sai caro

As reclamações do comércio formal quanto à presença de ambulantes é recorrente em Lajeado. Os anos passam e poucas soluções eficazes – ou nenhuma – foram implantadas até então. Uma nova tentativa se desenha para o futuro próximo e começa…

As reclamações do comércio formal quanto à presença de ambulantes é recorrente em Lajeado. Os anos passam e poucas soluções eficazes – ou nenhuma – foram implantadas até então.
Uma nova tentativa se desenha para o futuro próximo e começa por levar informação às pessoas. Por meio de uma campanha de conscientização, os setores representativos dos comerciantes e o poder público tentam sensibilizar o consumidor sobre os prejuízos ocasionados pela atuação dos clandestinos.
Um primeiro passo que por si só não tem força para desfazer esse nó, mas com potencial de provocar uma reflexão necessária nas pessoas. Comprar produtos sem origem vai contra a cidadania. Contra o acordo social e, além disso, alimenta a falcatrua, a ilegalidade e até o crime organizado.
Caso o movimento financeiro da venda clandestina fosse revertido aos cofres do RS, não haveria déficit de R$ 6 bilhões por mês. Ainda assim, a cada confisco de mercadoria de ambulantes nas ruas de Lajeado, pessoas se aglomeram em defesa dos ambulantes.
Gritam em defesa daquilo que chamam de “trabalho honesto”. Reclamam da punição e se colocam entre os agentes do poder público e os vendedores ilegais. Esse apoio de parte da comunidade é uma evidência de que falta informação.
Para se ter uma ideia, 50% da carga tributária nacional é arrecadada a partir da tributação de bens e serviços. Sem dúvida é um peso para todos os setores e isso precisa ser rediscutido. O que não se pode aceitar é a sonegação. Para o consumidor, pagar mais barato é sair ganhando, apesar de todo o prejuízo social.
Em meio à crise nacional, há uma tolerância difícil de explicar quando se trata de pirataria e contrabando. Economizar em um óculos, além de ser um risco à própria saúde, também pode representar o fortalecimento de quadrilhas e organizações criminosas. Ter uma sociedade melhor perpassa a defesa ferrenha da legalidade, da ética e da honestidade.
 
 

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