Educar os filhos em meio à era digital é um desafio em potencial. Numa sociedade em transformação, o comportamento das novas gerações está cada vez mais diferente de seus responsáveis. Mais dinâmica, efêmera e instável, a juventude de hoje provoca preocupação às famílias que não conseguem acompanhar ou entender as mudanças.
Como reconectar o triângulo pais-filhos-escola e blindá-lo contra as influências negativas das novas tecnologias? Como fazer com que os responsáveis compreendam melhor os jovens e tenham mais condições de ajudá-los a enfrentar os seus dilemas? Como reaproximar os membros das famílias e uni-los diante das dificuldades de uma era cada vez mais competitiva e excludente?
Buscar respostas a esses questionamentos é tarefa permanente de educadores e pais responsáveis. Para colaborar com essas reflexões, o Grupo A Hora promove amanhã o debate “Pais e Escola, na Univates. Como atividade do Programa de Ensino e Educação Solidário (PENSE), o evento se propõe a ajudar professores, diretores escolares e famílias a rearmonizar as relações.
Para discutir a problemática, referências importantes no assunto. Entre elas, o escritor e palestrante internacional, Gabriel Carneiro Costa, o promotor de Justiça Neidemar Fachinetto, especialista em Direito da Criança e do Adolescente, e a psicóloga Suzana Feldens Schwertner, doutora em Educação pela UFRGS.
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Em tempos caracterizados pelo excesso e pela facilidade no acesso a informações e desinformações, torna-se mais complexa a jornada para conduzir os pequenos pelos melhores caminhos.
Por mais diferentes que sejam as crianças de hoje, é preciso dedicar tempo e energia para compartilhar momentos, vivenciar experiências e fortalecer o vínculo afetivo. Parece simples, mas muitos pais e mães não conseguem conciliar bem a atenção aos filhos com as necessidades voltadas ao mundo do trabalho, por exemplo.
O futuro que se vislumbra, com a clara tendência de agravamento do problemas sociais, econômicos e ambientais, e com o crescimento descontrolado de patologias ligadas ao psique, como a depressão e a ansiedade, exigirá muito das novas gerações. Prepará-las melhor aos novos tempos de adversidades é uma responsabilidade histórica que temos enquanto humanidade.
