“Quem se reprime fica infeliz”

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“Quem se reprime fica infeliz”

Cleci Mallmann, 39, abriu em 2012 o primeiro sex shop de Lajeado. • Quando você decidiu abrir um sex shop em Lajeado? Abri a loja em 2004 e em 2006 decidi trazer os produtos de sex shop. Antes era uma…

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“Quem se reprime fica infeliz”

Cleci Mallmann, 39, abriu em 2012 o primeiro sex shop de Lajeado.
• Quando você decidiu abrir um sex shop em Lajeado?
Abri a loja em 2004 e em 2006 decidi trazer os produtos de sex shop. Antes era uma loja de confecções e bazar. Tive a ideia por ser algo diferente para a cidade e comecei a pesquisar sobre o tema. Antes eu vendia até brinquedos para crianças. Migrei para os brinquedos para adultos. Fiquei um ano me aperfeiçoando em sexologia e participando de palestras sobre medicina para aprender e passar a informação aos clientes. Não adianta ter os produtos e não saber explicar para as pessoas sobre como utilizar, por isso, busco estar sempre atualizada.
• Como foi a reação da sociedade na época e como é hoje?
Foi muito difícil na época devido ao tabu. Hoje as pessoas estão muito mais evoluídas. No início, tinha muito preconceito. O pessoal chegava e, quando oferecíamos sex shop, muitos viravam as costas e iam embora. Hoje o pessoal já chega pedindo pelos produtos. Prova disso é o aumento no número de estabelecimentos que existem na cidade.
• Qual o perfil dos clientes do sex shop?
Atendemos homens e mulheres de 20 a 80 anos e muitos casais. Trocamos muitas ideias com os clientes e sempre aprendemos muito. Dizemos para eles como usar os produtos e eles contam como foram as experiências e do que gostaram. Têm muitos clientes fiéis que dão bastante ideias para a loja. Mas muita gente ainda é tímida e fica com vergonha quando chega no andar de cima, onde estão os produtos do sex shop. Depois, acabam se soltando.
• Quais são os produtos mais populares? A indústria do setor mudou nestes 12 anos?
Todos têm boa saída, desde brinquedos sexuais, passando por géis e fantasias. A indústria evoluiu muito e expande cada vez mais. No início era pouca variedade e produtos mais básicos. Hoje todos os casais modernos têm os seus brinquedos.
• Qual a importância do sexo na vida das pessoas?
É fundamental. As pessoas precisam se descobrir e conhecer o próprio corpo. Facilita o relacionamento, tanto para o homem quanto para a mulher. Infelizmente ainda existem muitas pessoas frustradas e que não aceitam a própria sexualidade. Quem se reprime fica infeliz. Existem mulheres que não sabem o que é um orgasmo e isso é muito triste. Um bom relacionamento precisa ser bem resolvido. Sexo é saúde.

Thiago Maurique: thiagomaurique@jornalahora.inf.br

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