Uma brincadeira de infância se tornou renda extra para o auxiliar administrativo Mateus Marques, 26. O lajeadense que começou tocando música na escola, hoje é pandeirista no grupo de pagode Santa Malícia.
• Como iniciou sua relação com a música?
Tenho relação com a música desde criança, quando comecei com aulas de violão, porém como meu interesse pelo futebol era maior, acabei deixando um pouco de lado.
• Qual instrumento você toca?
Hoje eu toco pandeiro no Grupo Santa Malícia. Por gostar de pagode desde pequeno, foi um instrumento que sempre me chamou atenção. Acho que é um dos primeiros instrumentos que todo mundo aprende dentro da parte de percussão no pagode, e comigo não foi diferente. Sempre foi o que eu mais gostei.
• Como aprendeu a tocar?
Aprendi na escola, de brincadeira, um colega ensinou a base e aí a gente batucava em livros, na classe. E aí meu pai viu que eu gostava e me deu um pandeiro de presente.
• É possível viver só da música?
Acho que depende muito das tuas pretensões pessoais. O mercado da música é bastante concorrido, muito descartável. Todos os dias sai coisa nova. Mas acho que tudo que é bem-feito, bem planejado e com uma boa divulgação, tem espaço no cenário musical. Hoje a música não é o meu sustento, mas sim uma renda extra.
• O que a música ajudou no seu dia a dia?
Acho que o principal de tudo são as amizades que a gente faz e o carinho que recebemos das pessoas, não tem nada mais gratificante que isso. Faz qualquer dia ruim ficar bom. Mas a música me ajudou bastante também na minha desinibição. Apesar de ser bastante brincalhão com meus amigos, sou um cara bastante tímido e a música me ajudou a perder um pouco isso.
• Quais as características fundamentais para ser um bom músico?
Acho que, acima de tudo, tem de fazer com amor e dedicação. Sem essas duas coisas, não só a música, mas nada dá certo na vida.
• Qual é o seu sonho na música?
Sinceramente não estava mais nos meus planos alguma carreira voltada à música. Começamos o grupo na brincadeira e hoje se tornou algo que levamos muito a sério. Acho que cada show é um sonho realizado, uma satisfação e alegria muito grande. Não tenho nenhum limite, deixo nas mãos de Deus.
Ezequiel Neitzke: ezequiel@jornalahora.inf.br
