Teutônia aposta em câmeras para combater crimes

Teutônia - segurança pública

Teutônia aposta em câmeras para combater crimes

Integrantes do Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro) e da administração municipal se reúnem hoje para tratar da instalação do sistema de monitoramento. Executivo conseguiu a adesão ao programa estadual em março. Mas projeto não avançou. Proposta é dividir os custos do investimento por meio de parceria com organizações civis e empresas.

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Teutônia aposta em câmeras para combater crimes
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Reunião hoje à tarde, 28, definirá os próximos passos para a implantação do sistema de videomonitoramento no município. Convocada pelo prefeito Jonatan Brönstrup, a agenda terá a participação de membros da administração e do Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro).

Com recursos previstos no orçamento deste ano, o governo ainda estuda a melhor forma e busca parcerias para a execução do projeto. O tipo de equipamento, o porte do investimento e a fonte de recursos precisam ser definidos. A intenção hoje é debater esses aspectos e elaborar um plano de trabalho.

“Queremos alinhar essa estratégia com o Consepro, a Brigada Militar e a Polícia Civil, para construir algo sólido, que venha de encontro às necessidades do município em termos de segurança”, afirma o subsecretário de Planejamento, Clemir Tavares de Jesus. Segundo ele, as experiências de outros municípios são analisadas para desenvolver a melhor fórmula para a cidade.

O Consepro dialoga com o Executivo desde o ano passado sobre o projeto e participou do ato de adesão de Teutônia ao Sistema Integrado de Segurança com os Municípios (SIM), etapa necessária para a implementação do videomonitoramento. O conselho deve propor hoje uma parceria entre entidades, empresas e órgãos de segurança para a execução do projeto.

“Nossa meta como entidade é que possamos auxiliar na viabilização desse projeto, que é de suma importância para a segurança de Teutônia”, destaca o presidente do Consepro, Frederico Dahmer. Uma das preocupações é quem serão os agentes responsáveis pela operação do sistema, diante do baixo efetivo da BM.

De acordo com Dahmer, o assunto é debatido faz bastante tempo dentro do colegiado, mas agora passa a receber maior atenção visto que antes os esforços estavam concentrados na ampliação do prédio da Polícia Civil e, depois, na construção da sede da BM. Na unidade da Brigada, há um espaço reservado para receber os painéis de monitoramento.

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“Olhos da Brigada”

Conforme a comandante da 2ª Companhia da BM, Carmine Brescovit, o monitoramento contribuirá muito para o trabalho da corporação no município. Por meio do controle dos acessos aos bairros, áreas comerciais e de insituições bancárias, será possível saber quem circula pelo município, de forma a aumentar o êxito da ação policial.

De acordo com a capitã Carmine, as câmeras são inibidoras da criminalidade e colaboram na identificação de suspeitos, na reunião de provas e na elucidação de casos, diminuindo a marge de impunidade. Segundo ela, outros municípios que já implantaram demonstram redução nos índices de insegurança. “O sistema amplia os nossos olhos dentro da cidade”, destaca.

Índices criminais

O assalto nessa segunda-feira, 25, a um escritório de contabilidade na rua Major Bandeira, em plena tarde, suscitou o debate sobre a área da segurança no município. Com cerca de dez roubos registrados desde o início do ano a estabelecimentos comerciais, pedestres, veículos e residências, lojistas e moradores estão preocupados com a pouca quantidade de policiais diante de um suposto avanço da criminalidade.

Dados da BM, contudo, indicam que as principais modalidades de delitos estão dentro da média dos últimos anos. Violência doméstica e crimes de trânsito seguem como as principais preocupações no município. Conforme a capitã Carmine, tratam-se de ocorrências que dependem muito mais de estratégias de conscientização e prevenção do que de ações repressivas.

A comandante reconhece que a BM atua com baixo efetivo, conforme a realidade do estado.

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A unidade de Teutônia trabalha com defasagem de cerca de 52% em relação ao quadro de servidores previstos ao município. Com a saída média anual de cerca de mil policiais da corporação no RS, principalmente por aposentadoria, os ingressos de soldados não dão conta da reposição.

O uso da inteligência policial, a integração com as outras forças de segurança e o auxílio da comunidade compõem a estratégia para superar as carências de pessoal e limitações orçamentárias da BM.

Sem avanços desde março

Em 10 de março, A Hora publicou matéria sobre a adesão de Teutônia ao SIM e o projeto técnico inicial que previa 17 pontos de monitoramento em áreas estratégicas do município. Na ocasião, a informação passada pelo governo era que até abril o edital de licitação seria publicado. O sistema seria implementado por meio de locação, com estimativa de preço de cerca de R$ 40 mil por mês.

Alexandre Miorim: alexandre@jornalahora.inf.br

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