Cenário de destruição assusta moradores de Forquetinha

Situação caótica

Cenário de destruição assusta moradores de Forquetinha

Após nível de arroio baixar, município busca reunir forças para reconstruir pontes e estradas afetadas pela inundação

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Cenário de destruição assusta moradores de Forquetinha
Crédito: Mateus Souza
Forquetinha
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Quatro dias após o transbordo do Arroio Forquetinha, a situação no município é caótica. Desde a madrugada desta sexta-feira, 3, é possível chegar à área central pela ERS-421, a partir de Lajeado (bairro Conventos). O cenário às margens da rodovia apresenta um rastro de destruição.

Uma das situações mais chocantes é a ponte de Bauereck, que foi destruída com a força das águas. A estrutura, erguida na década de 1970, ligava a comunidade às margens da ERS-424 a outras localidades, como Jammerthal e Picada Herrmann.

“Não temos luz, nem água. E essa ponte certamente necessitará de um valor muito alto para ser reconstruída. Não sabemos quando poderá ser refeita, pois deve demorar muito”, lamenta o prefeito Paulo Grunewald.

A força da correnteza também destruiu o asfalto que conectava a rodovia à ponte. Parte da camada asfáltica foi arrastada para uma propriedade vizinha. A inauguração do trecho de 1,2 quilômetro havia ocorrido ano passado.

Conforme o vice-prefeito, Grasiani Galli, as máquinas do Executivo foram abastecidas pela manhã para atuarem na liberação de alguns acessos. “Agora, com o clarear do dia e a água baixando é que vimos o cenário de destruição nas estradas do interior. Mas não sabemos por onde começar”, desabafa.

Outras pontes, como a de Vila Haas, ainda segue submersas e com muitos danos nas cabeceiras. Com isso, o acesso a Forquetinha pela BR-386 permanece interrompido.

 

Crédito: Mateus Souza

 

Auxílio e união

Em um posto de combustíveis localizado na rua principal de Forquetinha, a movimentação era grande durante a manhã. Proprietário do estabelecimento, Heitor Groders frisou a importância do apoio para a população não ficar desabastecida.

“Estamos fazendo o que é possível, com o que ainda resta nos tanques, e de forma meio rudimentar. Temos muitas famílias com aviários e que precisam de combustível para o gerador. Então, não estamos deixando os moradores sem o combustível.

Drama histórico

Com uma marcenaria localizada às margens da ERS-424, Tacilo Martens jamais havia vivenciado um episódio de inundação do Arroio Forquetinha nessas proporções. Cita que a empresa familiar existe há mais de meio século e nunca fora atingida, até esta semana.

“Tivemos muitos prejuízos, acredito que perdemos uns R$ 50 mil em virtude dessa inundação. Foi assustador o que ocorreu aqui”, lamenta. Estima-se que choveu cerca de 560 milímetros desde segunda-feira até quinta no município.

Crédito: Mateus Souza

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