Relacionamentos são essenciais para a prosperidade de um negócio. Por meio deles, é possível ampliar o negócio e desenvolver uma identidade própria. Foi assim que Luciana Vuaden Chiarelli, proprietária da Lajeado Capachos, conseguiu tirar do papel a ideia de se tornar uma empreendedora.
Natural de Roca Sales, Luciana sabia que desde cedo precisaria correr atrás de oportunidades. Assim, aos 18 anos, se mudou para Porto Alegre, onde conseguiu um emprego como office girl. Seu papel era visitar bancos e entregar malotes. “O segredo para conseguir realizar essas demandas foi fazer amizade com os funcionários dos bancos, já que eles me deixavam entrar depois do expediente. Ali nasceu meu espírito de empreender”, relembra.
Foi por meio desses relacionamentos que Luciana recebeu outra oportunidade de um cliente da empresa que trabalhava. A vaga era para uma loja que vendia tapetes para as empresas personalizarem com suas marcas. A ajuda da irmã Marisete, e do cunhado Jorge, que tinham acolhido Luciana, foi essencial na tomada de decisão.
“Minha irmã me convenceu a ir atrás da vaga. Eu tinha receio, já que gostava do trabalho de office girl. Meu salário, na época, era de R$72,00. Essa vaga oferecia seis vezes mais. Então fiz a entrevista e fui contratada. Fiquei nessa empresa durante cinco anos até voltar para Lajeado e abrir minha própria loja”, conta.
Após retornar a Lajeado para estar mais próxima da família, Luciana conseguiu abrir o negócio, com a assessoria do ex-patrão. A primeira operação foi na rua Bento Gonçalves, no centro de Lajeado. A loja tinha pouca vitrine, por isso, era pouco conhecida pelo público. Nos anos seguintes e por meio de participação em feiras, como a Expovale, o empreendimento passou a agregar mais produtos ao seu catálogo.
Na Av. Benjamin Constant há quatro anos, a Lajeado Capachos trabalha com peças de tapeçaria, além de capachos personalizados. “Todo empreendedor sabe o quanto é difícil no começo. Mas tem que enfrentar esses desafios. Eu não tento ser mais do que eu sou, e isso reflete no sucesso do negócio”, conclui Luciana, prova que para empreender é necessário, acima de tudo, saber se relacionar com o público.
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